A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, participou de reunião online da direção executiva nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB),  nesta terça-feira (24), na qual afirmou que as eleições de outubro serão polarizadas e terão um caráter plebiscitário.

Em sua opinião, a chamada terceira via, articulação de centro-direita, desidratou e não oferece perspectivas concretas. Já a candidatura de Ciro Gomes (PDT), o terceiro colocado nas pesquisas sobre a corrida presidencial, tende a se esvaziar ao longo dos próximos meses.

A polarização reflete o conflito entre dois projetos distintos, um deles consubstanciado na candidatura do ex-presidente Lula (PT), que defende um programa de reconstrução do país, o resgate de direitos e conquistas sociais, da soberania nacional e do crescimento econômico.

O outro é o projeto autoritário de Jair Bolsonaro, cuja expectativa é a implantação de um regime neofascista. Para Luciana Santos é preciso construir uma frente ampla em defesa da democracia e de suas instituições, alvo de recorrentes e furiosos ataques do atual presidente.

De acordo com a dirigente comunista, a frente ampla ganhou força com a indicação de Geraldo Alckmin (PSB) a vice-presidente na chapa encabeçada por Lula. O ex-governador paulista atrai o centro político, e mesmo setores da direita, para a frente democrática, isolando a extrema direita. Já o ex-presidente sinalizou para esses setores, procurando incorporá-los no projeto de reconstrução nacional.

Luciana Santos chamou também a atenção para a importância das eleições para os poderes legislativos, destacando que o desafio para as candidaturas compromissadas com a classe trabalhadora é ainda maior do que nos pleitos anteriores.

Ela sublinhou o estado crítico da economia, com a inflação batendo recorde e penalizando principalmente as famílias mais pobres, em função das altas extraordinárias dos preços dos alimentos e gás de cozinha. O governo, e sua política econômica desastrosa, tem total responsabilidade pelo caos.

As forças progressistas devem redobrar os esforços para que o resultado proveniente das urnas favoreça a luta pela garantia dos direitos, a recuperação da economia e do valor dos salários, o combate à carestia e a geração de emprego, concluiu.

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(PL)