Luciana protesta contra retirada de direitos sociais: “governo abjeto”
“É mesmo muito abjeto um governo que, em plena pandemia, aprova projeto para destroçar ainda mais os direitos dos trabalhadores, já tão castigados nesse momento. A MP da carteira Verde e Amarela reduz encargos para patrões e precariza o trabalho para jovens e idosos”, escreveu a presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, em suas redes sociais.
A proposta encaminhada pelo governo Bolsonaro foi aprovada nesta terça-feira (15) na Câmara dos Deputados. Se aprovada no Senado, consolida a retirada de direitos, aprofundando a reforma trabalhista aprovada no governo Temer.
Na opinião da presidenta do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, a estratégia do ministro da economia Paulo Guedes é “colocar sobre os ombros dos setores populares e vulneráveis o peso de uma crise econômica que só se agrava”.
Ela caracterizou o comportamento do ministro como “obsessão neoliberal” e salientou que a proposta do governo vai na contra mão do que fazem os líderes de todo mundo, onde há valorização do Estado para debelar a crise gerada pela pandemia de coronavírus.
“A preocupação com o coronavírus e seus efeitos nefastos sobre os mais pobres é global. Mas, aqui, Bolsonaro e seu ministro da economia não só ignoram a gravidade do problema sanitário e social, como tentam dificultar a vida do povo e de quem trabalha para salvar vidas”, escreveu Luciana.
Ela comentou, ainda, a intenção anunciada pelo ministro Paulo Guedes de fazer com que o governo vete o pacote de ajuda a estados e municípios, aprovado nesta segunda-feira (13). Além da queda na arrecadação, os estados estão enfrentando gastos crescentes no sistema de saúde, decorrentes da pandemia.
“É hora de evitar que as pessoas morram e de ajudá-las a atravessar esse turbilhão, não de sacrificá-las ainda mais”, defendeu a dirigente do PCdoB.