Luciana lamenta morte de Vital, líder “de visão e de grandes lutas”
A presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, lamentou a morte do operário aposentado Vital Nolasco, ex-dirigente nacional do Partido, que faleceu na madrugada desta quarta-feira (19). Segundo Luciana, Vital, vítima de uma fibrose pulmonar, “foi um dos principais líderes de uma geração de operários que se projetou no cenário político do país e do estado de São Paulo”.
Em nota com o título “Vital Nolasco: Líder operário de visão e de grandes lutas”, a dirigente exaltou a trajetória do camarada. “O legado de Vital Nolasco, erguido em mais de meio século de militância revolucionária, seja no sindicato e nas lutas de sua classe, seja no parlamento, seja nos movimentos sociais, e sempre no seu Partido, o PCdoB, seguirá como exemplo e alimento à jornada transformadora. Vital Nolasco, presente, hoje e sempre!”, registrou Luciana.
Confira a íntegra da nota.
Vital Nolasco: Líder operário de visão e de grandes lutas
É com imenso pesar que comunicamos o falecimento, nesta quarta-feira, 19, de Vital Nolasco, aos 75 anos de idade. Vital faleceu, na cidade de São Paulo, de fibrose crônica que se agravou desde a última semana. Ele foi um dos principais líderes de uma geração de operários que se projetou no cenário político do país e do estado de São Paulo. Destacado dirigente nacional do PCdoB, deixa aos comunistas, ao povo brasileiro, e em especial à classe trabalhadora, um enorme legado. Afetuosamente, apresentamos nossos sentimentos à sua esposa Ester, nossa querida camarada, e companheira de Vital, a seus filhos Patrícia, Daniel, Iara, e demais familiares. Sentimentos extensivos aos amigos, amigas de Vital e aos nossos camaradas que sentem enorme tristeza diante da partida desse grande brasileiro e dirigente de nosso Partido.
Vital, operário metalúrgico, iniciou sua militância social e política na década de 1960, em Minas Gerais, na Juventude Operária Católica (JOC). Começou sua jornada militante no enfretamento à ditatura militar. Participou da emblemática greve de Contagem, em 1968. Com a incorporação da maioria da Ação Popular (AP) ao PCdoB, em 1973, Vital apoiou essa decisão e passou a integrar a legenda comunista em São Paulo. Em 1974 foi preso e sofreu bárbaras torturas.
Desde 1992, e por longo período, foi membro do Comitê Central do PCdoB, de sua Comissão Política e da Executiva Nacional. Esteve à frente do trabalho de Movimento Sociais e posteriormente assumiu a Secretária de Finanças, quando coordenou a vitoriosa campanha que resultou na aquisição da sede própria da direção nacional do Partido na capital paulista.
Foi vereador da cidade de São Paulo por dois mandatos, membro da direção estadual e da capital, e um dos principais construtores do Partido entre os trabalhadores. Na zona sul, de concentração operária, foi um dos líderes do Movimento Contra a Carestia e das lutas pela moradia popular.
Sindicalista, foi um dos coordenadores da União Metalúrgica, movimento de renovação e oposição metalúrgica em São Paulo, e foi membro da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
“Negro, com muito orgulho”, como afirmou em sua autobiografia Vale a pena Lutar, foi um ativista da luta antirracista e das batalhas pelos direitos da população negra. Orgulhava-se de ter entregue em mãos, a Nelson Mandela, o título de cidadão paulistano.
O legado de Vital Nolasco, erguido em mais de meio século de militância revolucionária, seja no sindicato e nas lutas de sua classe, seja no parlamento, seja nos movimentos sociais, e sempre no seu Partido, o PCdoB, seguirá como exemplo e alimento à jornada transformadora.
Vital Nolasco, presente, hoje e sempre!
Recife, 19 de janeiro de 2022
Luciana Santos
Presidente do Partido Comunista do Brasil-PCdoB