Luciana: Estamos diante de situação irracional e precisamos reagir
Nessa terça-feira (9), a presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, participou virtualmente — a convite da vereadora do PCdoB e escritora Cida Pedrosa — de reunião pública promovida pela Comissão de Direitos da Mulher da Câmara de Vereadores do Recife, que debateu os impactos econômicos da pandemia na vida das mulheres.
“Vivemos uma crise múltipla e a pandemia é um vetor que acentuou e agravou ainda mais essa crise”, disse Luciana. Ela destacou a perda de mais de 260 mil vidas no Brasil e acrescentou: “sentimos que estamos órfãos porque não há coordenação nacional, não há planejamento. Muito pelo contrário, temos um presidente da República que trata o vírus como aliado”.
A vice-governadora salientou que diante desse abandono, “todas as frentes em que a gente atua, os governadores do Brasil, independentemente da matriz ideológica, todos, sem exceção, se unem neste momento numa grande frente ampla para defender a vida”.
Luciana lamentou que enquanto todos os governadores estão concentrados em buscar garantir leitos, vacinas e distanciamento social, Bolsonaro age na contramão, aprofundando a crise.“Temos uma voz, que tem força, e que nega tudo isso. Nega a necessidade de distanciamento, faz apologia contra a máscara, contra a vacina. Estamos diante de uma situação irracional e precisamos reagir”.
Nesse cenário, explicou, as mulheres são as mais afetadas “na medida em que a cadeia produtiva que é mais impactada, a de serviços e a do comércio, é onde está a maioria de mão de obra feminina”. Além disso, Luciana destacou que “muitas vezes, muitas de nós têm que abrir mão de ir para o mercado de trabalho porque cuida de seus filhos e familiares — o que chamamos de economia do cuidado”.
Luciana defendeu como prioridade neste momento o enfrentamento à pandemia “para poder voltar à plena atividade econômica e fazer circular a nossa afetividade, e nos congregarmos pelas ruas e pelas redes para seguir lutando por transformações no Brasil. Quando a gente tem vontade política, quando a gente sabe para aonde vai — e nós sabemos o que queremos para o nosso Brasil — a gente é capaz de dar a volta por cima e nós vamos da volta por cima”.
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Por Priscila Lobregatte