Luciana: “Bolsonaro segue firme no seu propósito de penalizar o povo”
“O governo Bolsonaro segue firme no seu propósito de penalizar o povo brasileiro”, declarou a presidenta nacional do PCdoB, vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, em suas redes sociais, tratando sobre a extinção do programa de renda Bolsa Família criado pelo ex-presidente Lula em 2003, na última sexta-feira (29).
“Lamentável que num momento tão crítico e difícil da nossa história o presidente adote uma postura irresponsável e eleitoreira e lance as pessoas que mais precisam num cenário de insegurança e ansiedade ainda maior”, disse Luciana.
Levantamento da Fundação Getúlio Vargas Social (FGV Social), divulgado em setembro deste ano, aponta que a pandemia provocou um choque de grande proporções na vida financeira dos brasileiros e brasileiras, mas a pressão maior ficou para os mais pobres. Segundo os pesquisadores da FGV, os dados apontam um cenário desolador no início de 2021, quando em seis meses, o número de pobres é multiplicado por 3,5 vezes, correspondendo a 25 milhões de novos pobres em relação aos seis meses anteriores”.
E é neste cenário cenário de crise econômica, que Bolsonaro penaliza ainda mais os pobres, avalia Luciana Santos. E o Bolsa Família foi substituído por “um novo programa pontuado de indefinições e incertezas”, criticou.
O último saque do programa de renda Bolsa Família aconteceu na sexta-feira (29), em que o programa foi extinto para ser substituído por outro programa, chamado de Auxílio Brasil, mas o projeto foi criado por medida provisória (MP), que precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional. Criticado por amplos setores, a MP do programa Auxílio Brasil não apresenta detalhes ou a origem dos recursos orçamentários.
Em sua publicação, Luciana coloca dados positivos dos 18 anos que o programa Bolsa Família esteve em ação no Brasil. “De acordo com o Ipea, o Bolsa Família em 2017 tirou 3,4 milhões de pessoas da pobreza extrema e outras 3,2 milhões da pobreza. De 2001 a 2015, o programa respondeu por uma redução de 10% da desigualdade no país”, pontou a dirigente em suas redes.