A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, comentou, por meio de suas redes sociais nesta segunda-feira (9), a denúncia de genocídio contra o presidente Jair Bolsonaro, levada ao Tribunal Internacional de Haia pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), devido à morte de 1.162 indígenas de 163 povos na pandemia.

“O Dia Internacional dos Povos Indígenas (9/8) é dia de resistência e luta. Começa com uma denúncia contra Bolsonaro por crimes contra humanidade e genocídio no Tribunal Penal Internacional de Haia. Num documento de quase 150 páginas, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil defende que o governo agiu de forma deliberada para “exterminar” etnias e povos e estabelecer um Brasil sem indígenas”, disse Luciana.

A dirigente colocou ainda que “Bolsonaro é o inimigo número um dos povos originários, das florestas e, portanto, de todo o país. A luta dos povos indígenas é a luta de todos nós”.

Conforme noticiou o jornal O Globo, a denúncia feita pela Apib aponta ainda ações e supostas omissões do governo na gestão do meio ambiente e diz que o desmantelamento das estruturas públicas de proteção socioambiental desencadeou invasões a terras indígenas, desmatamento e incêndios nos biomas. Neste sentido, a entidade pede também responda por ecocídio. Esta é a terceira denúncia levada a Haia contra Bolsonaro pelos indígenas.

“São fatos e depoimentos que comprovam o planejamento e a execução de uma política anti-indígena explícita, sistemática e intencional encabeçada pelo presidente Jair Bolsonaro, desde 1º de janeiro de 2019, primeiro dia de seu mandato presidencial”, sustenta a peça jurídica.

 

Por Priscila Lobregatte
Com agências