A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, chamou atenção, via redes sociais, para a importância da mobilização em torno dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, uma ferramenta fundamental para colocar o debate na agenda nacional e unir a sociedade por uma causa que é coletiva.

“Os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres é uma mobilização mundial que ocorre em mais de 160 países, sendo realizada desde 1991, quando mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CWGL), iniciaram uma campanha com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo”, destacou Luciana neste sábado (27).

Ela lembrou ainda que “aqui no Brasil, a campanha ocorre desde 2003. Ela teve início no dia 25, que é o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, e termina no Dia Internacional dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro”.

Em todo o mundo, disse, “a ONU está abordando o tema: ‘Pinte o mundo de laranja: fim da violência contra as mulheres, agora!’. E aqui, também dizemos basta! Seguimos, juntas, firmes na luta sempre!”.

A violência em números

Levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Público com o Datafolha revelou que em 2020 cerca de 17 milhões de brasileiras sofreram violência física, psicológica ou sexual, ou seja, uma em cada quatro mulheres com mais de 16 anos.

Outra pesquisa, feita pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva mostrou que 57% dos brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de ameaça de morte pelo atual ou ex-parceiro, o que equivale a mais de 91 milhões de pessoas.

Em 2020, o Brasil somou 1.350 casos de feminicídio, o que equivale a um assassinato a cada seis horas e meia, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, número maior (0,7%) do que o de ocorrências em 2019.

Por Priscila Lobregatte

Com agências