A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, participou, nesta quarta-feira (6), do encontro virtual Mulheres com Lula – Nordeste. O evento contou com centenas de participantes de todos os estados da região, além de militantes e lideranças sociais e políticas dos partidos que compõem a coligação Vamos Juntos pelo Brasil (PT, PCdoB, PV, PSB, Rede, PSol e Solidariedade). As propostas colhidas no giro de debates ocorridos pelo país serão incorporadas ao documento final, a ser entregue ao ex-presidente Lula.

“É uma alegria enorme estar aqui, ao lado de tantas mulheres de luta, para darmos a nossa contribuição ao Programa de Governo do presidente Lula. A reconstrução de nosso país precisará de mãos femininas. E é claro que terá a participação decisiva das mulheres do Nordeste! Nós, aqui, reverenciamos o legado de tantas outras que vieram antes de nós”, declarou Luciana.

Ela lembrou da conquista do voto feminino, que completou 90 anos em 2022, e de mulheres, especialmente nordestinas, que lutaram por esta e outras importantes vitórias para o país. “Não é à toa que as mulheres e os nordestinos somos os que mais rejeitam Jair Bolsonaro. Não é à toa que fomos nós, mulheres, as protagonistas do Ele Não”.

Luciana completou que “é daqui também que iremos dar a nossa contribuição, para garantir que o Brasil volte a crescer, a gerar emprego e renda, e também que seja um lugar de oportunidades para homens e mulheres, um país de igualdade, livre de discriminação, de violência. Não é só que não queremos que a pobreza tenha rosto de mulher.  Nós não queremos pobreza alguma”.

A dirigente comunista também salientou que “se nós somos as mais afetadas pela crise, está claro que precisamos pautar a nossa agenda, sobretudo diante das dificuldades econômicas, do aumento da fome no país, do desmonte das políticas para as mulheres e do desmonte dos instrumentos capazes de fomentar nosso desenvolvimento. Como nos ensinaram as mulheres que, lá atrás, lutaram pelo sufrágio universal, seguimos erguendo as bandeiras da democracia, da justiça social, da diversidade”.

Por fim, colocou: “Quando falamos que precisamos de mais mulheres na política, estamos falando, sim, de elegermos mais mulheres para os cargos públicos. Não é possível que a gente seja a maioria dos eleitores, mas que a gente eleja tantos homens e tão poucas mulheres. Mas também estamos falando de ter mais mulheres exercendo a sua cidadania em plenitude, de ter mais vozes femininas nos representando em sindicatos, entidades, movimentos sociais. Participar da política também é isso que vamos fazer aqui hoje, discutir o Brasil que queremos”.

Por Priscila Lobregatte