No encontro, o Egito declarou que vai atuar para que todos os países árabes se ergam contra a medida de Bolsonaro - Abd El Ghany

A Liga Árabe condenou a abertura pelo Brasil do escritório da APEX – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – em Jerusalém, cujo lado leste está desde 1967 sob ocupação, considerada ilegal pela ONU e imensa maioria dos países.

A entidade, que reúne representações de 22 países árabes, conclamou todos os países do mundo a se pautarem pelas resoluções do Conselho de Segurança da ONU a respeito da ocupação de mais de meio século de terras palestinas.

A resolução foi aprovada em reunião de emergência convocada para o Cairo na quinta-feira. Os países membros classificaram a atitude do governo de Bolsonaro de violação da lei internacional e manifestaram seu apoio à causa palestina.

A declaração considerara “profundamente lamentável” que o “governo brasileiro tenha revertido sua política de décadas a respeito do Oriente Médio”.

Para o representante saudita, Osama bin Ahmed Naqli, “o movimento brasileiro vai complicar ainda mais a solução e elevar o sofrimento do povo palestino”.

Ele acrescentou que é preciso “pôr fim a este conflito com base nos fundamentos de uma solução permanente e abrangente”.

O Egito também expressou seu rechaço à medida, junto com todos os países árabes, e ressaltou que “mantém sua posição de apoio à causa palestina tanto nas discussões bilaterais como em todos os fóruns internacionais até o estabelecimento do Estado da Palestina”.

O Egito manifestou ainda que “rejeita firmemente” a abertura de qualquer escritório na Jerusalém ocupada e afirma que tais ações “constituem dano ao processo de paz”.