Liége Rocha destaca Centenário e atuação do PCdoB no Fora Bolsonaro
Com o objetivo de abordar as principais iniciativas da secretaria nacional de Movimentos Sociais em 2021 e as perspectivas para 2022, quando o partido celebra 100 anos, o portal do PCdoB conversou com a dirigente responsável pela área, Liége Rocha. “Milito desde 1972 no PCdoB e considero fundamental a mobilização de todo o coletivo para que a gente possa mostrar para o Brasil e para o mundo que o PCdoB é uma força coerente, constante e permanente da luta do povo brasileiro, visando a construção de uma nova sociedade mais justa e igualitária”, colocou.
A dirigente salientou a importância de mobilizar a militância para o centenário, “estimulando sua participação e dando cada vez mais visibilidade ao que significa o Partido Comunista do Brasil para o povo brasileiro e, é claro, tendo em perspectiva também as eleições. Vamos ter de avaliar a questão da federação e como vamos levar em frente as nossas candidaturas, a mobilização, para que a gente possa ter vitórias significativa pelo país”.
Atuação em 2021
Na avaliação de Liége Rocha, no que diz respeito à vida interna do partido em 2021, “conseguimos atingir o planejamento que tínhamos feito. Por exemplo, do ponto de vista dos secretários estaduais, mantivemos contato permanente com orientações sobre as ações políticas do momento”.
Quanto às ações externas, disse, “conseguimos levar com firmeza a tática do partido da frente ampla, inclusive enfrentando debates com pessoas de outros partidos que eram contra essa proposta e tivemos uma atuação importante em todo o processo da Frente Brasil Popular, da campanha Fora Bolsonaro. Participamos ativamente de todas as grandes manifestações que aconteceram pelo Brasil, inclusive a última, das mulheres, do dia 4 de dezembro. O PCdoB esteve presente nesse processo levando adiante nossa campanha pela frente ampla para desgastar, isolar e derrotar Bolsonaro”.
Liége salientou ainda que as entidades em que o partido atua também tiveram papel central, por exemplo, na luta em defesa do SUS e na defesa da vacina. “Estivemos presentes em todas as atividades promovidas pelo Conselho Nacional de Saúde, no Conselho Nacional de Direitos Humanos, apoiando a luta em defesa dos direitos humanos, contra as violências e a discriminação que envolvem a juventude negra e as mulheres e contra o aumento do feminicídio. Também participamos da articulação das mulheres que construíram coletivamente o manifesto Grito das Mulheres em Defesa dos Direitos e contra Bolsonaro”.
“A presença dos comunistas foi constante em 2021”, disse Liége. “E não só do ponto de vista nacional, mas também internacional. Por exemplo, represento a Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM) no Conselho Internacional do Fórum Social Mundial. E agora mesmo estamos no processo de articulação e organização do Fórum Social das Resistências, que acontecerá no início do ano em Porto Alegre”, exemplificou a dirigente.
Fortalecer as bases
Liége Rocha avalia que a atuação dos comunistas nas mais variadas frentes tem sido intensificada. “E penso que nós estamos tentando, de uma forma efetiva, implementar — e precisamos cada vez mais — a política de atualização da linha de massas que foi discutida durante o processo do 15º Congresso do PCdoB”, completou.
A secretária destacou a necessidade de estruturar o PCdoB, cada vez mais, pelas bases com o objetivo de ampliar a ação política de massas dos comunistas, uma tarefa de todo o partido e não apenas das entidades. “Precisamos fortalecer a nossa organização, a nossa atuação junto às massas, dar visibilidade às nossas ideias. O partido sempre diz que temos de travar a luta em três campos: institucional, de ideias e na luta de massas. E eu sempre digo: a luta de ideias não se dá só na academia, mas também no dia a dia, junto ao povo”.
Liége concluiu enfatizando: “isso é fundamental neste momento e em 2022, quando precisamos reverter o atual quadro no Brasil, derrotar Bolsonaro, criar novas lideranças, dar visibilidade ao PCdoB, eleger novas mulheres e homens desse partido tão valoroso que completará cem anos”.
Por Priscila Lobregatte