Lideranças políticas do PCdoB participam da Marcha das Margaridas 2023
Mais de 100 mil mulheres de todo o Brasil, dos campos, da floresta, das águas e das cidades marcharam na manhã desta quarta-feira (16) do Parque da Cidade até próximo ao Palácio do Planalto em Brasília na sétima edição da Marcha das Margaridas.
Foram mais de seis quilômetros de caminhada festiva e colorida que finalizou ao meio dia com o pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva numa tenda armada em frente ao gramado do Congresso Nacional, na Esplanada dos Ministérios.
A marcha por respeito, direitos e pela vida das mulheres contou com a participação de inúmeras lideranças políticas e sociais comunistas, entre elas, a presidenta nacional do PCdoB, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos que participou do ato ao lado do presidente Lula (imagem acima) que afirmou que irá levar conectividade e inovação para as agricultoras. “Não poderia deixar de cumprir e atender às demandas da Marcha das Margaridas, vamos levar conectividade e inovação para as máquinas agrícolas e para a agricultura familiar. O MCTI vai estar presente na vida das Margaridas desse país”, afirmou a ministra.
Esteve presente também, a vice-presidenta do PCdoB e líder da bancada comunista na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), a deputada federal, Daiana Santos e a deputada estadual, Bruna Rodrigues (ambas do PCdoB-RS).
O evento contou ainda com a participação da vereadora de Recife e escritora premiada Cida Pedrosa; do presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo; da presidenta da União Brasileira de Mulheres (UBM), Vanja Andréa Santos; do presidente da União Nacional dos Negros (Unegro), Edson França , entre outros.
A líder do PCdoB, Jandira Feghali, do alto do caminhão de som, contou que já participou inúmeras vezes da Marcha e lembrou que esta é a terceira vez que o encontro acontece sob o governo Lula e, por isso, avançar nas conquistas é primordial para a luta. Destacou também sobre a força das mulheres brasileiras que derrotaram Bolsonaro, que o ex-presidente está inelegível e só falta agora “ir para a cadeia, que é o lugar dele”, afirmou a deputada, completando que o governo Bolsonaro foi um dos mais corruptos da história do Brasil.
A violência contra ativistas da causa agrária também foi tema da fala da parlamentar. Ela disse que o país não pode tolerar mais assassinatos de mulheres, seus companheiros e seus filhos lutadores do campo.
Às mulheres, a parlamentar enfatizou que o tempo da resistência passou e que agora a luta deve ser para avançar nas conquistas. Como líder da bancada do PCdoB na Câmara, Jandira disse que não vai deixar passar leis no Congresso Nacional que prejudiquem o campo e as mulheres que nele trabalham. “É preciso avançar na pauta da reforma agrária, garantir tecnologia para o campo, escolas para os filhos das margaridas, para saúde, formação, o sustento e o fomento as famílias do campo”.
A líder assumiu junto às margaridas, o compromisso com a reforma agrária, com a luta das mulheres do campo, pela superação da desigualdade, do preconceito e do racismo. “Em nome do Partido Comunista do Brasil assumo absoluto compromisso com a reforma agrária, com a luta das mulheres. E vocês têm total apoio do legislativo e do governo Lula”, completou.
Antes das 7 horas, a deputada Daiana Santos já estava caminhando ao lados das mulheres e contou que ficou encantada com a vibração das margaridas. “Brasília amanheceu com o desabrochar das margaridas! Coisa linda ver a capital do país pintada e florida com a luta das mulheres, foi muito bonito presenciar esse momento histórico”, afirmou. Para a deputada, essa edição “tem um caráter de reconstrução do Brasil, um país que vai ser feito pelas mãos das mulheres, negras, indígenas, quilombolas, LBTs”, destacou.
A vereadora de Recife, Cida Pedrosa também estava muito entusiasmada com a luta das mulheres do campo. Disse que veio na primeira Marcha e que voltou agora e achou tudo belíssimo. Disse que se encanta com o quanto as mulheres estão unidas e juntas na luta. Saudou a pauta de reivindicações apresentadas pelas margaridas ao presidente Lula. E destacou a construção do desenvolvimento sustentável no campo e a divisão de terras para as mulheres como pautas especiais e que devem ser atendidas.
“Viemos dizer aqui na Esplanada dos Ministérios em Brasília, dizer em alto e bom som que nós existimos e nada de nós sem nós”, completou.
Adílson Araújo, presidente da CTB, contou que a central está presente na Marcha com representantes sindicais de diversos estados do país e ressaltou o tema do encontro: “Pela reestruturação do Brasil e pelo bem viver”.