Lideranças do PCdoB reagem à irresponsabilidade de Ernesto Araújo
Em meio ao momento mais grave da pandemia no país, o governo Bolsonaro não economiza esforços em criar mais problemas e atritos entre os Três Poderes e piorar a imagem e a atuação do Brasil em âmbito internacional. O trabalho desastroso do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, tem criado dificuldades diversas para o Brasil, especialmente no combate à Covid-19, que já tirou a vida de mais de 312 mil pessoas.
Neste domingo (28), as declarações do chanceler contra a senadora Kátia Abreu (PP-TO), presidenta da Comissão de Relações Exteriores do Senado, sobre suposta pressão relativa à implantação da tecnologia 5G chinesa, abriu mais um flanco de conflitos. Lideranças do PCdoB reagiram, via redes sociais, sobre a irresponsabilidade de Araújo e da política externa brasileira sob Bolsonaro.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), declarou: “Ou seja, ele insinuou que a senadora é uma criminosa? Brasil já tem problemas demais e esse despreparado ainda fica criando mais confusões”.
Na semana passada, em live do jornal Valor Econômico, o governador Flávio Dino havia defendido a saída de Araújo do cargo. “Espero que seja demitido e diria que já vai muito tarde”, disse. “Ernesto Araújo é um dos ideólogos dessa doutrina do Brasil como pária internacional; ele tem orgulho de se isolar do mundo”, afirmou Flávio Dino. O governador explicou que o Itamaraty não ajudou na compra de insumos e equipamentos de combate à pandemia e que o chanceler aposta na política de isolamento do país.
A vice-líder do PCdoB na Câmara, deputada federal Perpétua Almeida (AC), apontou que Ernesto Araújo é “o pior chanceler que já tivemos. Tem agido com irresponsabilidade na pandemia, criando dificuldades com a China, nosso maior parceiro comercial e perdeu espaço com os EUA. Se tiver coragem de responder as perguntas que lhe fiz na CREDN (Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional), vou provar que mentiu na Comissão sobre viagem a Israel”.
A deputada federal Professora Marcivânia (PCdoB-AP) colocou: “E o ministro Ernesto Araújo insiste em aprofundar a crise institucional e de relações exteriores e parece não entender que o momento exige proximidade, boas relações e colaboração entre as nações. Será que ele avalia que estamos em boas condições e podemos dispensar tudo isso?”.
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) destacou: “O ministro Ernesto Araújo passou de todos os limites. Ao levantar suspeitas sem nenhuma comprovação contra a senadora Kátia Abreu, agrediu todo o Poder Legislativo do país. Ou foi o canto do cisne do terraplanista ou Bolsonaro mostrará que endossa as acusações. Gravíssimo!”.
Por Priscila Lobregatte