Comércio reabre em BH com movimentos pelo afrouxamento da quarentena

Em nota assinada por lideranças da legenda no estado e na capital, PCdoB lança nota em que conclama a população de Belo Horizonte a resistir à proposta de flexibilizar a restrição do contato social neste período da pandemia do novo coronavírus.

Para os signatários, afrouxar a quarentena, como propõem vereadores da capital mineira e o governador Romeu Zema (Novo), é “ideologia da morte”.

O documento ressalta a importância de seguir as orientações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde. Baseados na ciência os órgãos solicitam que os países mantenham restrições a circulação, para evitar a rápida expansão do vírus.

Assinam a carta Wadson Ribeiro, presidente estadual do PCdoB–MG; Jô Moraes, presidente municipal do PCdoB-BH; Deputado Celinho Sintrocel (PCdoB-MG) e vereador Gilson Reis (PCdoB – BH).

Lei o documento completo:

PCdoB chama população de Belo Horizonte a resistir à ideologia da morte

No exato momento em que crescem as contaminações e as mortes decorrentes do Covid-19, e as autoridades redobram os cuidados para que a curva de contaminação da pandemia não provoque o colapso do sistema de saúde, a população de Belo Horizonte assiste indignada a uma perigosa mobilização de grupos irresponsáveis, com o objetivo de confrontar as corretas medidas de isolamento social preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Atiçados pelas posturas criminosas do presidente Jair Bolsonaro, setores das elites realizaram, nas ruas de Belo Horizonte, uma minúscula e luxuosa carreata para exigir a reabertura de estabelecimentos comerciais. No último dia 13/04, um grupo de vereadores se apropriou de uma reunião oficial na Câmara Municipal para defender, sem fundamento científico, a flexibilização das regras que regulamentam o funcionamento do comércio.

Especialistas apontam que o caminho mais curto para a volta à normalidade das atividades comerciais é seguir à risca as recomendações da OMS. É o que tem feito, de forma adequada, o prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil que, seguindo a orientação das autoridades sanitárias do mundo e do Brasil, tomou medidas administrativas rápidas ao adotar o isolamento social como regra, fechando o comércio não essencial e restringindo a circulação de pessoas em parques e outros locais públicos.

O PCdoB tem acompanhado com rigor as exigências do momento e, por meio de seu vereador, Gilson Reis, tem apresentado propostas de novas ações e contribuído para o aprimoramento de algumas das medidas já implantadas em BH. Ainda em março, antes mesmo do anúncio da concessão das cestas básicas aos alunos da rede municipal, o vereador Gilson Reis protocolizou representação no Ministério Público para garantir o benefício àqueles estudantes.

Gilson também propôs a extensão do benefício a alunos da Educação de Jovens e Adultos, aos trabalhadores do Caixa Escolar, prostitutas e vendedores ambulantes, e a criação de um auxílio para o pagamento de aluguel para famílias carentes cadastradas na Urbel. Ao mesmo tempo em que apresentou, em parceria com outros vereadores, projeto que cria a renda mínima complementar de R$ 300,00 no munícipio.

Na contramão das medidas tomadas pela maioria dos governadores do país, Romeu Zema demonstra absurda subserviência a Bolsonaro. “A imagem pública dos governadores cresceu devido às suas posturas no enfrentamento ao coronavírus. Já o governador de Minas se aliou a Jair Bolsonaro esperando receber migalhas da União e facilidades para o ingresso na Lei de Responsabilidade Fiscal”, assinala o presidente Estadual do PCdoB, Wadson Ribeiro.

Enquanto Zema defende “viajar com o vírus” por Minas Gerais, amplia-se a resistência ao seu governo ineficiente e irresponsável. “É inconcebível que o governador convoque parte dos profissionais da educação de volta às salas de aula em plena pandemia, expondo-os diretamente ao contágio do coronavírus”, denuncia o deputado estadual Celinho Sintrocel.

Zema e Bolsonaro devem seguir o ensinamento de outras nações e adotar medidas vigorosas para proteger a saúde, a vida dos mais pobres e os setores da economia nacional afetados pela pandemia. Fugir desta responsabilidade só agravará a crise econômica e retardará a recuperação do país. Alternativas não faltam: a ampliação de linhas especiais de crédito, de subsídios, o descongelamento do teto de gastos e a taxação de grandes fortunas são algumas das medidas possíveis.

 

Por isso, o PCdoB conclama a população de Belo Horizonte e de Minas a permanecer em isolamento social e reforçar as iniciativas de solidariedade, como a recente campanha Doe Esperança, lançada por entidades sindicais, culturais e sociais.

Vidas não se recuperam. A economia, sim.

#Fique em Casa. #Em defesa do SUS. #Fora Bolsonaro!

Belo Horizonte, 14 de abril de 2020

 

Wadson Ribeiro, presidente estadual do PCdoB–MG e pré-candidato pelo PCdoB à prefeitura de Belo Horizonte

Jô Moraes, presidente municipal do PCdoB-BH

Deputado Celinho Sintrocel (PCdoB-MG)

Vereador Gilson Reis (PCdoB – BH)