A publicação de novos dados alarmantes sobre a violência contra as mulheres negras, contidos no Atlas da Violência, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, repercutiu entre lideranças femininas do PCdoB. A presidenta do partido e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, e a ex-deputada Manuela d’Ávila comentaram, nesta quinta-feira (2), que os dados demonstram a necessidade urgente de haver políticas públicas voltadas para o enfrentamento do racismo e das desigualdades.

A presidenta Luciana Santos destacou: “O racismo é uma realidade que nos atravessa e se expressa nas estatísticas”. Conforme os dados analisados no relatório, no ano de 2019, 3.737 mulheres foram assassinadas no Brasil. Destas, 66% eram negras. Portanto, o risco de uma mulher negra ser assassinada é de quase o dobro do uma não negra.

Além disso, o estudo aponta que mais de 50 mil mulheres foram assassinadas em uma década, entre 2009 e 2019, período no qual cresceu em 2% o número de negras mortas, enquanto entre as não negras foi registrada queda de quase 27%. “São dados que enfatizam a necessidade de mais políticas públicas de combate à violência de gênero, à cultura do machismo e ao racismo estrutural”, concluiu Luciana.

Manuela d’Ávila também salientou que “não há como pensar políticas públicas para o Brasil sem acabar com o racismo e a desigualdade”. Manuela defendeu que “é preciso garantir medidas que protejam as brasileiras e que compreendam o impacto do racismo estrutural e da desigualdade”.

 

Por Priscila Lobregatte

Com agências