Kravchenko com sua tropa. Na farda símbolo adotado pelas SS de Hitler

Considerado ideólogo do grupo neonazista Batalhão de Azov, Nikolai Kravchenko, aliás, “Kruk”, foi morto em Mariupol, no Donbass, na terça-feira (15) durante os combates pelo controle do principal porto do Mar de Azov, que está submetido ao bando desde junho de 2014.

A morte foi confirmada pelo comandante do Batalhão Azov, Andrei Biletsky, e pelo deputado de extrema direita, Igor Mosijchuk. “Kruk” foi também um dos fundadores da organização nazista de Kharkiv “Patriotas da Ucrânia”.

Desde 24 de fevereiro, a Rússia desenvolve na Ucrânia uma operação militar especial para “desmilitarizar” e “desnazificar” o país, em socorro da população de fala russa do Donbass, há oito anos brutalizada pelos fascistas a soldo de Kiev, e para dar fim à anexação do país à Otan.

O Batalhão Azov é a mais notória unidade nazista das forças ucranianas, integrando a Guarda Nacional. Foi fundado em 2014, ano em que o presidente eleito foi deposto por um golpe, apoiado e estimulado pelos Estados Unidos com prevalência de ideais supremacistas e anti-russos e ideias abertamente fascistas.

Quando a população de fala russa se levantou contra o golpe, bandos de neonazistas foram lançados para abafar a tiros e sangue a revolta, um destas grupações assumiu o nome de Batalhão Azov, após a captura do maior porto do Mar de Azov, Mariupol. Ainda em 2014, grupos de direitos humanos denunciaram o Azov por tortura, estupro e crimes de guerra.

As insígnias do Batalhão Azov incluem o símbolo Wolfsangel (Armadilha do Lobo) adotado pela 2ª Divisão SS Panzer Das Reich. Membros do Azov também foram fotografados usando o Schwarze Sonne (Sol Negro), outro conhecido símbolo nazista.

O Azov realiza paradas militares, tem centros de treinamentos e faz acampamentos infantis. Segundo Michael Colborne, um jornalista canadense que trabalha com a Balkan Investigative Reporting Network (BIRN), que em 2014 e 2015 o Batalhão Azov foi acompanhado por pelo menos trinta mercenários da Croácia.