A fase de indefinições envolvendo o ex-governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) parece ter chegado ao fim. Nesta segunda-feira (13), ele anunciou que é pré-candidato ao governo, mesmo tendo prometido que não se apresentaria para disputar a reeleição.

Em coletiva de imprensa na sede do PSDB estadual, Leite declarou que a decisão foi tomada em conjunto com o partido e o atual governador tucano Ranolfo Vieira Júnior. “Mudei de opinião, mas não de princípios. É legítimo, é benéfico, separar o governador do candidato e eu só concorreria dessa forma. O Rio Grande do Sul virou o jogo, mas o jogo não terminou”, justificou, falando sobre a busca pela reeleição e a opção de renunciar ao Piratini, ocorrida em 31 de março.

Naquela ocasião, Leite buscava se viabilizar como candidato à presidência da República, mesmo com as prévias da legenda tendo indicado o nome do ex-governador paulista João Doria, que acabou desistindo.

Com Leite oficialmente de volta à disputa, o MDB nacional cobra que o diretório estadual retire o nome do deputado estadual Gabriel Souza e apoie o ex-governador para possibilitar aliança com o PSDB com a senadora Simone Tebet à presidência.

O retorno de Leite cria dificuldades especialmente à direita bolsonarista. Sem ele, o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) fica na dianteira; com o tucano, perde votos. É o que indicou pesquisa Real Time Big Data, contratada pela Record TV e divulgada no final de maio, na qual Onyx aparece à frente com 23% das intenções de voto em hipotético cenário sem Leite. Quando incluído, o tucano passa a ter 23% e Onyx, 20%.

 

Por Priscila Lobregatte

Com agências