Marcha de nazistas em Kiev em memória do colaboracionista Stepan Bandera

O ministro do Exterior da Rússia, Sergey Lavrov, denuncia que o apoio dos Estados Unidos está empurrando o presidente da Ucrânia, Volodimyr Zelensky a posições cada vez mais extremistas e “cointinua a nutrir mentalidade nazista e racista do atual governo ucraniano”.

Falando a jovens de um coletivo de artes reunido na Crimeia, na quinta-feira (12), Lavror condenou a atitude do presidente ucraniano, Volodymr Zelensky, por convocar mais de duas dezenas de nações para discutir como Kiev pode assumir o controle sobre a península russa da Criméia, apesar do referendo de 2014 ter decidido por ampla maioria de seus habitantes a união com a Federação da Rússia.

Zelensky convocou a chamada “Plataforma da Crimeia” com grupos de ultra-direita com o objetivo de negar e anular o referendo realizado em conformidade com o direito internacional. Provocativamente, o evento está programado para acontecer em 23 de agosto de 2021, coincidindo com o 30º aniversário da independência da Ucrânia da União Soviética em 24 de agosto de 1991.

Lavrov acrescentou que os EUA, a UE e outros defensores das reivindicações de Kiev estavam se comportando de forma “vergonhosa”.

Em abril, a porta-voz oficial de Lavrov, Maria Zakharova, declarou que a Ucrânia estava indulgentemente cedendo aos sentimentos de extrema direita para apoiar seu governo e fortalecer o sentimento anti-russo. Falando depois que manifestantes em uma passeata em Kiev ergueram faixas e carregaram flores para comemorar a Divisão de Granadeiros da Waffen SS Galizien, criada a partir de recrutamentos ucranianos para lutar ao lado da Alemanha nazista, Zakharova disse que a política do governo era um “insulto” para aqueles que morreram na Segunda Guerra Mundial.