No debate Trump pediu a milícias de racistas brancos para ficarem ‘de prontidão’ | Foto: Saul Loeb/AFP

“Os fanáticos, racistas e antissemitas estão em festa pela sua recusa em condenar o supremacismo branco”, direcionou-se a Trump o American Jewish Committee (AJC) depois de sua negativa em rejeitar grupos como o supremacista ‘Proud Boys’ (cujos apoiadores festejaram o negaceio de Trump através de suas contas no twitter) – durante o primeiro debate com o candidato democrata, Joe Biden, na terça-feira.

“Não pode haver ambiguidade nesta questão”, afirmou a organização. “Não se deve dizer a brancos supremacistas que fiquem ‘de prontidão’. Eles devem ser rechaçados completamente”.

“Ficamos atônitos com a dificuldade de Trump de responder a uma questão simples como essa”, disse também o jornalista Jonathan Greenblatt, diretor executivo da Liga Antidifamação – uma das mais tradicionais organizações judaicas em luta contra a discriminação (fundada em 1913).

Stosh Cotler, diretora da organização Ação Judaica, afirmou, em declaração, que “Trump teve novamente a oportunidade de condenar os supremacistas brancos que o apoiam e se negou”.

“Mais uma vez, ficou claro por que uma maioria dos eleitores judeus afirma que os judeus estarão menos seguros se Trump for reeleito. Ele não apenas admite a supremacia branca, é sua plataforma”, acrescentou Cotler.

A líder judia também destacou que, minutos após o debate comentou, quando perguntado sobre as eleições, disse que “seu povo deveria ir e vigiar os centros de votação”.

“Estas são as palavras de um apavorado candidato a fascista, não um presidente. Os judeus da América percebem através dele”, acrescentou.

O rabino Jack Moline, presidente da Aliança Inter-religiosa, destacou: “Supremacia branca tem um trágico registro de ataques a casas de oração, em particular igrejas de negros, sinagogas e mesquitas, para levar adiante seus manifestos violentos e inspirar a difusão do medo. Não pode haver liberdade religiosa quando as pessoas rezam com medo da violência”.

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