José Carlos Ruy: Vitória de Malala contra o obscurantismo
Ao comemorar seu 16º aniversário, em 12 de julho de 2013, a jovem mulher Malala Yousafzai foi convidada a pronunciar um discurso perante a Assembleia da Juventude, na ONU, onde afirmou: “Vamos pegar nossos livros e canetas. Eles são nossas mais poderosas armas. Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo.”
Por José Carlos Ruy*
Malaia, protagonista deste esforço para mudar o mundo e vencer o obscurantismo e a ignorância, acaba de se formar – aos 22 anos de idade – na Universidade de Oxford (Reino Unido), como anunciou em uma mensagem nas redes sociais, nesta sexta-feira (19): “Difícil expressar minha alegria e gratidão agora, ao concluir meu curso de Filosofia, Política e Economia em Oxford. Não sei o que está por vir. Por enquanto, serão filmes na televisão, ler e dormir.”
Nascida no Paquistão, em 12 de julho de 1997, Malaia ficou conhecida depois de ser baleada na cabeça por um miliciano talibã, dentro de um ônibus escolar. Foi em 9 de outubro de 2012 e ela estava com duas colegas. O talibã, que dominou o Paquistão naquela época, havia proibido que meninas frequentassem a escola.
Desde então Malala se destacou na luta pelo direito à educação, contra a opressão da mulher e contra o obscurantismo fundamentalista religioso. Sua militância foi reconhecida e, em 2014, tornou-se a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz.
A trajetória de Malala, em sua formatura comemorada nesta sexta-feira, é um símbolo da luta da juventude e das mulheres pelo direito do acesso de todos, meninas e meninos, à educação e ao desenvolvimento das potencialidades humanas de cada um.
Como disse a astronauta dos EUA, em resposta ao anúncio feito por Malala nas redes sociais, Anne McClain, “o mundo tem sorte de ter você nele.”
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