Jorge: Manu 2018, protagonismo político do PCdoB na luta pela Unidade
O acerto do quase centenário PCdoB, de numa conjuntura difícil da luta política e depois de uma derrota estratégia dos trabalhadores, de apresentar uma candidatura e um programa ao país, mas sem abrir mão do esforço de unir o povo tem se mostrado a cada embate.
Por Jorge Panzera*
A luta de resistência do povo brasileiro para derrotar o golpe político, midiático e jurídico de 2016 e para retomar um novo ciclo de desenvolvimento do Brasil necessita da combinação de dois fatores: programa claro com retomada de projeto nacional de desenvolvimento e Unidade de amplas forças políticas, econômicas e sociais. A caminhada golpista vai levando o Brasil para um abismo, um país sem projeto independente e em largo processo de destruição dos direitos do povo, agrega-se a isso o risco cada vez maior de uma escalada autoritária e antidemocrática.
Nesse contexto necessitamos de rumo claro para a resistência, tendo como centro um projeto de Nação, com desenvolvimento soberano, democracia, justiça social e valorização do trabalho. O projeto nacional, a luta nacional, é que conforma o desenlace e a saída para a profunda crise que vivemos. Mas é preciso uma atenção especial, nesse momento, para a luta democrática. Sem democracia e liberdade o alcance de nossas lutas é minorado, e já vivemos em um acelerado estado de exceção, com as regras básicas do estado democrático de direito sendo dilapidadas a cada dia.
No duro momento político que vivemos, pós impeachment tabajara, com uma exacerbada politização do judiciário, com as instituições democráticas desprezadas, a maior liderança política do país encarcerada injustamente, a frágil democracia brasileira caminha no rumo de sucumbir. É hora de uma resistência mais ativa e mais ampla, de colocar como centro a redemocratização, uma certa reconstitucionalização do país.
Em momentos assim os que têm compromissos mais firmes com a Nação, com a democracia e com o povo se agigantam. Precisamos por como centro o esforço de juntar o máximo de forças políticas possíveis, a construção da unidade de forças em defesa da democracia é fundamental. Nesta jornada é de destacar o papel do PCdoB e, em especial, da pré candidata a Presidência da República Manuela D’Avila. Manu tem tido a capacidade de representar o histórico PCdoB, apresentando um programa ao país, tendo como centro a construção de um projeto nacional de desenvolvimento (a defesa do Brasil), salientando o papel dirigente da classe trabalhadora na construção deste projeto, mas ao mesmo tempo tem sido a portadora mais ativa na defesa da Unidade, como bandeira da esperança do povo brasileiro.
O acerto do quase centenário PCdoB, de numa conjuntura difícil da luta política e depois de uma derrota estratégia dos trabalhadores, de apresentar uma candidatura e um programa ao país, mas sem abrir mão do esforço de unir o povo tem se mostrado a cada embate. Acerto também na escolha da liderança da jovem deputada gaúcha para liderar essa caminhada. Manuela hoje é uma das mais destacadas lideranças da esquerda brasileira e certamente a que mais representa a ideia de unir o povo em defesa do Brasil.
* Presidente do PCdoB no Pará e membro do Comitê Central do PCdoB.