Em entrevista concedida ao jornalista Heitor Peixoto, do Programa Mundo Político, da TV Assembleia, a deputada federal, Jô Moraes (PCdoB-MG), denunciou a prisão do ex-presidente Lula. Para ela, é uma prisão política e representa uma ameaça à democracia braseira.

Segundo Jô Moraes, a Constituição foi claramente agredida e rasgada na decisão de condenar o ex-presidente Lula.

Ruptura

Para a deputada comunista, vivemos uma ruptura, uma instabilidade institucional, onde nem sequer temos a certeza de que haverá eleições neste ano. Razão de defender que todas as forças políticas de esquerda e democráticas estejam unificadas na defesa do Lula poder disputar o pleito.  “Porque quem está ameaçado não é ele, mas a democracia no Brasil”, advoga.

Neste sentido, ela  defende a necessidade de uma unidade programática em nome do País e considera uma grande vitória que o PCdoB, PT, PSB, o PSOL e o PDT tenham assinado um documento programático de desenvolvimento para o Brasil. “Já temos um pacto de estar juntos no segundo turno, o que é da essência do projeto de desenvolvimento da esquerda”.

Manuela D’Ávila

A candidatura de Manuela D’Ávila à Presidência da República e sua presença com Lula até sua prisão são questões que o PCdoB preza muito porque os comunistas compreendem que só terão voz, presença nas instituições, nos parlamentos se a democracia estiver vigendo. Só assim haverá debates, confrontos de ideias, de projetos diferentes. Por isto que toda a bancada comunista estava com o ex-presidente Lula em São Bernardo do Campo, além de Manuela D’Ávila, que levou sua filhinha de dois anos, Laura, para acompanhar aquele momento.

Quanto às mobilizações em relação à perspectiva de Lula ficar preso por mais tempo, Jô Moraes considera haver, no seio do povo, um sentimento, uma ânsia maior por democracia. “E sentimentos libertários quando explodem no povo mudam até a sociedade”.