O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe declarou estado de emergência inicial de um mês para Tóquio e seis outras regiões do arquipélago na terça-feira (7), após aceleração no número de casos de Covid-19 no país, com 4 mil casos confirmados e 80 mortes. Ele também anunciou um pacote de ajuda de US$ 1 trilhão às famílias e às empresas, o que corresponde a 20% do PIB, para debelar o impacto da pandemia sobre o país.

“Fique em casa”, convocou Yuriko Koike, governadora de Tóquio, cidade que já tem 1196 contágios confirmados. A medida vinha sendo insistentemente reivindicada por Tóquio e Osaka, as duas maiores cidades japoneses, após alta nos contágios desde o fim de março, que gerou temor de que os hospitais ficassem saturados.

“Considerando que há medo de que a situação afete seriamente a vida das pessoas e a economia … declaro estado de emergência”, disse Abe perante de um comitê parlamentar.

As regiões afetadas pelo estado de emergência são a capital e as três áreas que cobrem os subúrbios de Tóquio; a região da grande metrópole do oeste de Osaka e sua vizinha Hyogo, bem como a de Fukuoka, na ilha de Kyushu (sudoeste).

40% da população do país – 50 milhões de pessoas – vivem nessas regiões, que são responsáveis por grande parcela do PIB japonês. A medida permite que os governadores regionais solicitem à população que fique em casa e o fechamento temporário de negócios não essenciais.

“Vamos impedir a propagação da infecção, mantendo serviços sociais e econômicos e transporte público o máximo possível”, disse Abe.

“É necessário pedir a cooperação total de todos”, insistiu Abe, acrescentando que “segundo os especialistas, se fizermos esforços para reduzir nossos contatos em 70%, e idealmente em 80%, o número de infecções diminuirá após duas semanas”.

“Vamos suspender essa medida assim que tivermos certeza de que não é mais necessário”, acrescentou.