Jandira Feghali recebe apoio de feministas no Rio
Diante do atual governo, que massacra a existência e as conquistas históricas das lutas feministas, fortalecer a rede de mulheres é uma necessidade para enfrentar os desafios impostos por uma sociedade contaminada pelo veneno do conservadorismo, que todos os dias ameaça a vida de centenas de nós. Com esse objetivo, o “Encontro de Mulheres com Jandira”, realizado na quinta-feira (12), em Laranjeiras, foi mais um passo na construção de um novo projeto político que inclua e proteja todas as mulheres deste país, com justiça e representatividade. A mestre de cerimônia foi a vereadora de Niterói, Walkiria Nictheroy (PCdoB).
“Em um Brasil que registra um estupro a cada sete horas, e mais de 1.300 mortes por feminicídio em 2021, números que só crescem a cada ano, é urgente que as mulheres se organizem em torno de uma pauta de sobrevivência. Essa sobrevivência passa por todos os campos, desde a segurança, o trabalho, a saúde, a justiça, a educação, até a economia”, destacou a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Ao longo da sua história, Jandira atuou fortemente junto às pautas das mulheres, tornando-se uma das principais lideranças feministas no parlamento. Foi relatora, por exemplo, da Lei Maria da Penha, que protege vítimas de violência doméstica e é um marco histórico no país, e do direito à licença-maternidade para mãe adotante. Além dessas e de outras iniciativas, Jandira foi autora das leis de proteção para as Gestantes e Puérperas na Pandemia de Covid-19 e do Reconhecimento ao Trabalho Materno.
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“Precisamos eleger mulheres combativas como Jandira em 2022”, afirmou Ana Rocha, Secretária Estadual da Mulher do PCdoB no Rio de Janeiro: “No Rio de Janeiro, ela tem sido porta-voz e articuladora de fundamentais pautas democráticas e progressistas, uma defensora firme do Brasil e seu povo, da cultura e das mulheres, com diversas ações nessas áreas. Vemos em Jandira uma mulher que, de fato, atua em defesa dos direitos e sempre aberta ao diálogo. Uma voz que ecoa nossa esperança por um Brasil justo e igualitário para homens e mulheres, de igualdade racial e sem LGBTIfobia. Um exemplo para inspirar outras mulheres.”
O encontro, no restaurante Severyna, em Laranjeiras, contou com a presença de diversos nomes da luta feminista do Rio de Janeiro, como Leila Linhares. Na oportunidade foi lançado um Manifesto das Mulheres de apoio a Jandira. O documento, encabeçado por Leila Linhares, Carol Proner, Malvina Tuttmsn e Mary Castro, denuncia que as mulheres foram as mais atingidas pela pandemia de Covid-19.
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“Nos últimos anos, fomos as que perderam 94% dos postos formais de trabalho, as que tiveram a vida atingida pela mortalidade materna que dobrou no estado do RJ, e as que são agredidas a cada 7,5 segundos. Tudo isso somado à destruição de políticas , como a licença-maternidade. Com esse governo enfrentamos a maior carestia dos últimos 25 anos, trazendo a fome para os nossos lares”, diz o texto. “A resistência se faz necessária contra o desmonte das conquistas alcançadas por nós. Será decisivo derrotar nas urnas os representantes conservadores a nível nacional e estadual, e eleger uma maioria progressista . É fundamental vencer a atual sub-representação feminina”, acrescenta ainda o documento.
Com a presença de cerca de 100 lideranças, o encontro foi um momento para ouvir as demandas das mulheres. Fizeram propostas: Leila Linhares, da ONG Cepia, sobre os desafios da Lei Maria da Penha; Leila Motorista e Débora Demelechi, representantes da CTB, sobre as demandas das trabalhadoras; Célia Regina Domingues, p´residente da Amebrás, sobre demandas dos artesãos do Carnaval; além de outras lideranças presentes, como Carol Proner, Dani Balbi e o grupo de jovens. Jandira encerrou o encontro, assumindo o compromisso de encaminhar projetos de leis sobre os temas sugeridos e reforçou a esperança na força das mulheres para a necessária virada democrática no Brasil.
Conheça a íntegra do manifesto:
Dias Mulheres virão com Jandira! Democracia, teu nome é mulher!
A História nos mostra que é nos momentos de avanço democrático que as conquistas libertárias das mulheres avançam. O atual governo autoritário e conservador é um perigo para nós. Os estudos comprovam que fomos as mais atingidas pela pandemia de covid-19.
Nos últimos anos, fomos as que perderam 94% dos postos formais de trabalho, as que tiveram a vida atingida pela mortalidade materna que dobrou no estado do RJ, e as que são agredidas a cada 7,5 segundos. Tudo isso somado à destruição de políticas, como a licença-maternidade. Com esse governo enfrentamos a maior carestia dos últimos 25 anos, trazendo a fome para os nossos lares.
A resistência se faz necessária contra o desmonte das conquistas alcançadas por nós. Será decisivo derrotar nas urnas os representantes conservadores a nível nacional e estadual, e eleger uma maioria progressista . É fundamental vencer a atual sub-representação feminina.
Mas não basta elegermos mulheres. É preciso eleger aquelas que sabemos são comprometidas com o desenvolvimento e soberania do país, com a democracia, os direitos das trabalhadoras, com a pauta antirascista e feminista. Nossa pauta é a retomada e o avanço nos direitos das mulheres, e de ocupação dos espaços de poder: queremos emprego digno, saúde integral, educação e segurança para nós e para os nossos. Exigimos dignidade!
No Rio de Janeiro, JANDIRA FEGHALI tem sido porta-voz e articuladora de pautas democráticas e progressistas. Defensora intransigente do Brasil e seu povo, da cultura e das mulheres. Inúmeros são os seus projetos que têm essa marca. A nossa marca. Vemos em Jandira uma mulher combativa e sempre aberta ao diálogo. Uma voz que ecoa nossa esperança por um Brasil de direitos iguais para homens e mulheres, de igualdade racial e sem LGBTIfobia. Um exemplo a inspirar outras mulheres.
Ela ouve, ela faz! Conheça o que Jandira Feghali já conquistou no Congresso Nacional com o seu mandato:
– Gravidez não é doença! Jandira foi a 1ª licença-maternidade do parlamento, recusando-se a entrar de licença médica
– Mulher nos espaços de poder! Jandira foi a 1ª mulher presidenta da Comissão de Cultura, além de líder do PCdoB e da Minoria em uma Câmara onde as lideranças, majoritariamente, são ocupadas por homens
– Lei que obriga os planos de saúde a custearem a cirurgia de reconstrução de mama em pacientes com câncer (Lei no10.223/2001)
– Inclusão da ativista Zuzu Angel e a psiquiatra militante Nise da Silveira no livro dos Heróis e Heroínas da Pátria (Lei no 13.433/2007)
– Proteção para as gestantes e puérperas na pandemia de covid-19 (Lei no 14.152/2021)
MU
– Reconhecimento ao Trabalho Materno (autoria do Projeto de Lei no 2.691/2021)
Relatorias
– Lei Maria da Penha
– Licença-maternidade para mãe adotante