Para ela, a prisão precisa seguir as normas processuais. “Penso que toda prisão deve ser consequência do devido processo legal. Muita coisa nublada”, disse

Preso por suposto envolvimento num esquema de pagamento de propina da Prefeitura do Rio de Janeiro, o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) sai pela porta dos fundos a nove dias de deixar o cargo. É o que diz a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) para quem a prisão deve seguir o devido processo legal.

“E Crivella sai pela porta dos fundos! Não sabemos como se desenvolveu o processo nem a investigação, mas acontece depois de DOIS pedidos frustrados de impeachment e MUITAS denúncias não respondidas”, publicou Jandira no Twitter.

Para ela, a prisão precisa seguir as normas processuais. “Penso que toda prisão deve ser consequência do devido processo legal. Muita coisa nublada”, disse.

O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) afirmou que o governo de Crivella foi marcado por irregularidades. “Incompetência, descaso e corrupção. Essas são as marcas de Crivella, um prefeito que em vez de governar a cidade preferiu sequestrá-la p/ um projeto de poder criminoso, obscurantista e que sacrificou a vida de milhares cariocas. Inspirado e apoiado pelo presidente da República”, postou na rede social.

Outros acusados

Os policiais cumpriram sete mandados de prisão. Além de Crivella, são alvos o ex-senador Eduardo Lopes (Republicanos-RJ), o empresário Rafael Alves e o ex-tesoureiro de campanhas eleitorais de Crivella, Mauro Macedo.

Há mandados contra Fernando Morais (delegado), Cristiano Stokler e o empresário Adenor Gonçalves. O ex-senador Eduardo Lopes não foi encontrado em casa. Ele foi presidente da Rio-tur e assumiu a vaga no Senado após a eleição de Crivella para a Prefeitura do Rio, em 2016.

Segundo os investigadores, as empresas que desejavam fechar contratos com a prefeitura ou tinham recursos a receber do município eram obrigadas a pagar propina à Rafael. Em troca, o empresário facilitava a assinatura dos contratos e o pagamento das dívidas.

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