A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) voltou a se manifestar, nessa sexta-feira (12), por meio de suas redes sociais, sobre os absurdos do governo Bolsonaro na área da saúde. Em meio à grave pandemia de Covid-19, o presidente e sua equipe têm defendido o uso de remédios sem comprovação científica para a doença, deixando de fabricar outros que são necessários para tratar de outros problemas graves de saúde.

“Urgente! O medicamento micofenolato de sódio, produzido pelo Exército e disponibilizado pelo SUS para pacientes transplantados, está em falta em diversos estados. Enquanto isso, o laboratório do Exército passou a produção de cloroquina de 100 mil comprimidos para 2,3 milhões”, disse, indignada.

A parlamentar alertou que “pacientes transplantados no SUS podem morrer agora sem o medicamento”. E questionou, pedindo respostas ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao Exército e a Bolsonaro: “por que o Exército ampliou a produção de cloroquina e não manteve o abastecimento do micofenolato?”.

Em outra postagem, Jandira defendeu a necessidade de que a CPI da Saúde “saia do papel o mais rápido possível”. “São diversos crimes, falta de planejamento e logística no Ministério da Saúde na pandemia. Crise no Norte, falta de insumos, compras ridículas de medicamentos sem eficácia contra Covid-19 e mais, muito mais”.

As declarações da deputada a respeito do medicamento usado por pessoas transplantadas ocorreram após denúncia, veiculada no Jornal Nacional da quinta-feira (11), feita por médicos, pacientes e associações. Conforme noticiado, o micofenolato de sódio e o tacrolimo (fabricado pela Fiocruz) estão em falta em 14 estados e no Distrito Federal desde dezembro. Ambos são distribuídos pelo Ministério da Saúde.

 

Por Priscila Lobregatte