Em entrevista à TV Afiada nesta quinta-feira (9), a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), explicou sobre a coligação entre o PT e o PCdoB na disputa à Presidência da República. Segundo ela, o convite do ex-presidente Lula para que Manuela d’Ávila seja candidata a vice-presidente em sua chapa foi muito importante. “Achamos que essa soma de fato pode ajudar a ir para o segundo turno e ajudar a tentar recuperar o Brasil para os brasileiros”, frisou a parlamentar.

Jandira destacou o esforço do PCdoB pela unidade da esquerda em uma frente ampla progressista para derrotar os golpistas e retomar um projeto nacional de desenvolvimento.

A deputada ressaltou que haverá uma batalha jurídica e política em torno do direito de Lula ser candidato. Mas, Jandira destacou que as pesquisas que o PT está realizando mostram que caso Lula não seja o candidato, a transferência de seus votos para o Haddad será o suficiente para garantir que a chapa vá para o segundo turno. “Dizem que quanto mais perto da eleição essa transferência de votos será maior, porque a sociedade estará mais indignada [com o fato do ex-presidente Lula não poder concorrer às eleições]”.

“Vamos trabalhar intensamente para chegar ao segundo turno. Esperamos que no segundo turno todos do campo progressista venham juntos. Não acredito que o campo progressista desse país vai apoiar o candidato do Temer, que é o [Geraldo] Alckmin (PSDB)”.

Jandira manifestou o desejo da renovação na política no Congresso Nacional, pois em sua visão, atualmente o congresso é “patronal e desqualificado”.

“Nós da esquerda pretendemos não perder posições. Perder quem é de esquerda, tem base popular e fez bons mandatos é muito ruim. No entanto, estamos trabalhando para que a gente consiga fazer com que mais parlamentares da esquerda cheguem lá e substitua aqueles que traíram o voto popular e votaram contra o povo. Não será fácil, mas esse é o nosso esforço. Que a sociedade enxergue nesse momento da eleição outras lideranças, que possa de fato chegar lá e ocupar um espaço importante para ajudar um governo popular”.

Questionada quem será o responsável caso a direita vença as eleições presidenciais, a deputada afirmou que será a mídia golpista. “O descrédito na política hoje faz parte desse monopólio de informação que gerou a criminalização da esquerda e da política, que ainda leva 50% da população a não acreditar no voto”.

E acrescentou, “Será uma pressão brutal do mercado e uma desinformação do povo brasileiro. Nós vivemos um estado de exceção e o maior fato disso é a prisão, sem provas, do ex-presidente Lula, para não deixa-lo ser candidato. Não podemos jogar a responsabilidade de um desastre no Brasil na esquerda”.

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