Jandira Feghali (PCdoB-RJ) defendeu que investigações sigam onde estão

A líder da Minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), junto aos líderes dos partidos de Oposição e também do líder do Partido Liberal (PL), defendeu nesta quarta-feira (30) a manutenção das investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes no âmbito da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

Jandira frisou que os parlamentares de esquerda se reuniram também com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para solicitar a vigilância do Parlamento diante da intervenção de um poder sobre outro, no caso, a partir da intervenção de Moro, que significa “grave risco à democracia”.

“Ele não pode fazer o que fez: um ofício ao procurador-geral dizendo que deve chamar, puxar aqui para Justiça Federal, a apuração da investigação. Ele não pode interferir indevidamente nesse processo”, avaliou a deputada, que também criticou Moro por agir como advogado do governo e não como ministro da Justiça do Brasil.

Segundo ela, os líderes dos partidos não aceitarão ingerência no processo e coação de testemunha. Os parlamentares temem pelo porteiro do condomínio onde Bolsonaro residia no Rio de Janeiro e defenderam que seja protegido.

“Não nos cabe aqui averiguar a veracidade ou não dos fatos. Nós não temos esse papel. Queremos que a investigação vá a fundo, o que importa é saber quem matou e quem mandou matar Marielle. Nós queremos Justiça, queremos que as coisas andem e que sejam esclarecidas. Quem era o Jair da casa 58?”, indagou a comunista, lembrando que não se trata de condenar ninguém antecipadamente, mas de garantir que a investigação siga onde está.

Segundo o Jornal Nacional desta terça-feira (29), o porteiro do Condomínio contou à polícia que horas antes do crime, em 14 de março, Elcio Queiroz, um dos acusados, afirmou que iria para a casa 58, do então deputado Jair Bolsonaro.