A sessão do Senado prevista para a votação da reforma trabalhista na manhã desta terça-feira (11) foi suspensa. As senadoras Vanessa Graziotin (PCdoB-AM), Fátima Bezerrra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA), e Regina Sousa (PT-PI) ocuparam à mesa da Casa com o intuito de barrar a proposta que modifica mais de cem pontos da lei trabalhista.

O presidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB-CE) avançou nas senadoras para que elas se retirassem da mesa, numa tentativa de suspender a sessão. Como isso não aconteceu, ele ordenou que apagassem as luzes do plenário e desligou os microfones.

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), vice-líder da oposição na Câmara que estava no Senado, comemorou a vitória das mulheres de impedir que a sessão começasse. “Vitória! Era isso que a gente queria mesmo”, celebrou Jandira.

Para Jandira, as senadoras usaram os instrumentos que a oposição têm: coragem e resistência com os próprios corpos. “Devemos aplaudi-las, pois é um trabalho bonito de se ver.”

De acordo com a deputada, o governo ilegítimo do presidente Temer pretende tirar os direitos dos trabalhadores com essa proposta. “Um governo imoral que está caindo, não tem credibilidade nenhuma e ainda quer tirar os direitos dos trabalhadores. Está voltando a ter fome no Brasil. Reforma trabalhista para favorecer o capital e oprimir os trabalhadores. Isso é um absurdo.”, declarou.