Portuários italianos negaram-se a carregar navio “com armas para matar palestinos”

Depois de descobrir que um carregamento de armas que seria destinado a Israel estava chegando aos portos da Itália, os trabalhadores portuários organizados na União Sindical de Base de Gênova (USB) se recusaram a carregar o navio com armamento produzido na Itália, em apoio aos palestinos e contra a ocupação israelense. “O porto de Livorno não será cúmplice do massacre do povo palestino”, afirmaram.

Na sexta-feira (14), o navio da Asiatic Island, registrado em Singapura, chegou ao porto italiano de Livorno, sendo denunciado pelo Coletivo Autônomo de Trabalhadores Portuários de Gênova, apoiado por um relatório da The Weapon Watch, uma ONG sediada na região que monitora os embarques de armas nos portos europeus e mediterrâneos.

O sindicato soube que dentro do navio já havia contêineres carregados com armas e explosivos que seriam destinados ao porto israelense de Ashdod. “Armas e explosivos que serão usados para matar a população palestina já atingida por um severo ataque nas últimas noites que já causou centenas de vítimas entre a população civil, incluindo muitas crianças”, assinalou a USB.

Os sindicatos dos trabalhadores portuários expressaram que estão tentando reunir informações sobre mais carregamentos para impedi-los de chegar a Israel. Eles receberam um relatório sobre a presença de dezenas de veículos militares blindados prontos para serem embarcados para Israel.

No sábado (15), a União Sindical de Base esteve nas ruas de Livorno em solidariedade com a população palestina para pedir “o cessar imediato do bombardeio à Gaza e o fim das expropriações dos lares dos palestinos que estão vivendo sob comando militar e ocupação territorial durante anos. Esses exemplos de solidariedade dos trabalhadores, se multiplicados, podem rapidamente interromper os ataques criminosos do Estado de Israel”, manifestaram