A deputada estadual Isa Penna (PCdoB-SP)

A deputada estadual Isa Penna (PCdoB-SP) anunciou em nota, nesta quinta-feira (21), que entrará com uma representação pedindo o afastando do deputado estadual Delegado Olim (PP-SP) do Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

A medida acontece após o parlamentar afirmar, durante sua participação no podcast “Inteligência Limitada”, que ela “teve sorte” ao ser assediada sexualmente por Fernando Cury na Câmara porque “vai se eleger por causa disso”.
Em nota oficial divulgada à imprensa, a deputada do PCdoB classifica o comportamento do Delegado Olim como “inaceitável”, afirmando que o parlamentar tratou com deboche a realidade de milhões de mulheres que são assediadas diariamente no Brasil.

“É inaceitável qualquer sugestão de ganho político a partir de um ato explícito de violência contra a mulher, assim como tentativas espúrias de buscar nisso um ganho pessoal político. O comentário reproduz o ciclo de violência que todos os dias tenta revitimizar mulheres que ousam denunciar os ataques que sofrem”, declara Penna.

Leia a nota na íntegra aqui.

Relembre o caso

Em dezembro de 2020, câmeras da Alesp mostraram o momento em que Fernando Cury coloca as mãos nos seios da deputada Isa Penna ao aproximar-se dela durante uma sessão extraordinária para votação do orçamento do estado. Isa que estava de costas não conseguiu impedi-lo.

Na ocasião, a deputada registrou boletim de ocorrência contra Cury por importunação sexual. Na Assembleia, após processo no Conselho de Ética, ele foi punido internamente e teve suas atividades suspensas por 180 dias.

Alesp Sem Machistas

Devido a repercussão do fato, a deputada estadual Isa Penna lançou, nesta sexta-feira (22), o abaixo-assinado “Chega de machismo na Alesp!” com intuito de pressionar a Alesp pela cassação do Fernando Cury e do Delegado Olim.

Em suas redes sociais, a parlamentar enfatiza que “esse já é o terceiro escândalo envolvendo deputados da Alesp que têm atitudes e falas misóginas, machistas e de completo desrespeito às mulheres” e diz que “independentemente da posição política, toda mulher tem o direito de existir e trabalhar sem ser assediada.”

 

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Com informações de agências