Irregularidades em hospitais federais são gravíssimas, diz CPI
O relatório parcial da CPI da Covid sobre hospitais federais aponta que as denúncias de irregularidades em unidades hospitalares do Rio de Janeiro são gravíssimas.
Segundo o senador Humberto Costa (PT-PE), que ficou responsável pelo grupo de trabalho que fez a apuração sobre os hospitais federais, o documento foi encaminhado ao relator da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), para que as irregularidades na gestão constem do relatório final da CPI.
O texto deverá citar suspeitas de corrupção, fraude a licitações e peculato nos hospitais.
O relatório parcial pede investigação do Ministério Público Federal sobre transações atípicas de envolvidos em contratações de empresas sob suspeita.
Humberto Costa solicita também que o MPF apure uma suspeita de pressão exercida por um funcionário do Ministério da Saúde para que a diretora-geral do Hospital Cardoso Fontes (Rio de janeiro), Ana Paula Fernandes, mantivesse um contrato com indícios de irregularidades.
Conforme o relatório, a partir de uma relação de 37 empresas foram analisados diversos contratos e constatou-se “indícios de conluio” entre as contratadas e “desproporcionalidade dos valores dos serviços prestados”.
O texto também deverá propor que órgãos de investigação apurem a ação de agentes públicos e privados ligados à gestão desses hospitais, que, no contexto da pandemia, “expuseram a população a risco, atentaram contra a saúde pública”.