“O Judiciário deve formar uma corte especial com juízes de funções destacadas e dezenas de especialistas”, declarou o presidente do Irã, Hassan Rouhani, no dia 14, referindo-se aos responsáveis pela derrubada do avião de passageiros ucraniano no dia 8.
“Este não é um caso ordinário. O mundo inteiro estará nos acompanhando”, acrescentou Rouhani.
O presidente do Irã declarou que a queda do avião – que foi confundido com um míssil de cruzeiro – “é dolorosa e indesculpável” e que o governo vai “acompanhar o caso de todas as formas”.
“A responsabilidade recai em mais de uma pessoa e os que forem considerados culpados devem ser punidos”, acrescentou. “Esta questão deve ser expressa com honestidade”, prosseguiu Rouhani, que considerou a admissão do erro pelas forças do país “um primeiro bom passo”.
O avião a caminho para a capital ucraniana de Kiev levava 176 passageiros, dos quais, 145 iranianos (entre residentes no país e cidadãos iranianos com dupla nacionalidade canadense).
O disparo contra o avião ucraniano aconteceu horas depois do ataque com mísseis à base norte-americana no Iraque como reação ao assassinato do general iraniano Qassem Soleimani em Bagdá.
O anúncio das medidas judiciais assim como o da prisão dos que derrubaram o avião aconteceram depois de alguns dias de protesto pela derrubada e de exigência de punição para os responsáveis.
As manifestações aconteceram em Teerã, sendo a realizada diante da Universidade Amir Kabir uma das maiores. Também houve protestos em outras cidades.