O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial no país, desacelerou e ficou em 0,31% em abril, resultado abaixo do registrado em março de 0,93%. No ano, o índice acumula alta de 2,37% e, em 12 meses, de 6,76%, acima dos 6,10% observados nos 12 meses anteriores.

Dos nove grupos pesquisados, oito apresentaram alta em abril, com destaque para Saúde e Cuidados Pessoais, puxada pelo aumento nos preços dos produtos farmacêuticos, após o reajuste autorizado pelo governo de 10,08% nos medicamentos no dia primeiro de abril. O único grupo que apresentou queda foi o de Transportes. Os preços da gasolina (-0,44%) caíram pela primeira vez, após 10 meses consecutivos de alta.

No grupo Alimentação e bebidas houve uma aceleração, com a alta de 0,40% em abril frente a março (0,13%), explicada pela alimentação no domicílio (0,47%), que havia recuado (-0,17%) no mês anterior. A maior contribuição (0,03 p.p.) veio das carnes (1,01%), que acumulam alta de 35,03% nos últimos 12 meses. Mais o IBGE registrou alta também no leite longa vida e no frango em pedaços.

INPC

Já a carestia continua penalizando ainda mais os mais pobres: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede o impacto do custo de vida nas famílias com renda de até cinco salários mínimos no mês, teve alta de 0,38% em abril e acumula 2,35% no ano e 7,59%em 12 meses. Os preços dos alimentos subiram 0,49% em abril enquanto, no mês anterior, haviam registrado 0,07%.