Congresso convoca trumpistas para depor sobre invasão do Congresso

O Comitê de Investigação instaurado no Congresso dos Estados Unidos convocou quatro elementos do círculo próximo ao ex-presidente Donald Trump para depor sobre o atentado realizado contra o Capitólio no dia 6 de janeiro.

Para grande parte da população, o bilionário republicano é o responsável pelo ataque à sede do Congresso, em Washington, e deve ser responsabilizado pelos crimes cometidos.

“Parece que você estava com ou perto do presidente Trump em 6 de janeiro, que teve comunicações com o presidente e outras pessoas naquele dia sobre os eventos no Capitólio”, afirmou o democrata Bennie Thompson, chefe do Comitê, em carta a Mark Meadows, chefe de gabinete do ocupante da Casa Branca na época.

Outro assessor próximo de Trump, Dan Scavino, é suspeito de ter estado com o então presidente em 5 de janeiro durante uma conversa para buscar maneiras de convencer os membros do Congresso a não certificarem a vitória de Joe Biden na eleição. Foi a mesma sessão que lideranças trumpistas fizeram de tudo para interromper, após se reunirem aos que se concentraram do lado de fora.

Sem nenhuma prova, Trump alegava que a eleição havia sido fraudada, incentivando a invasão do Capitólio para evitar a certificação de Biden.

Há denúncias de que o ex-assessor de Trump, Steve Bannon, anunciou na véspera do assalto que “amanhã será um inferno”. Bannon foi convocado para explicar suas palavras ao Comitê, da mesma forma que Kashyap Patel, outro homem de confiança do bilionário.

A CPI está exigindo que os quatro expoentes trumpistas entreguem uma série de documentos até o dia 7 de outubro e testemunhem perante o Congresso na semana seguinte.

Das 600 pessoas presas pela invasão do Capitólio e tentativa de impedir a proclamação da vitória da oposição na eleição, mais de 50 assinaram confissões de culpa. Um dos marginais barrados pelos seguranças do Congresso norte-americano, Jacob Chansley, conhecido como o “Louco de Chifres”, aguarda, na cadeia, sentença que pode chegar a 20 anos de prisão.