O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (8) que o índice oficial de inflação do país acelerou para 1,62% em março, puxado por combustíveis e alimentos. É a maior alta para o mês desde 1994 (42,75%), conforme apontam os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Com os novos dados, a inflação chegou a 11,30% no acumulado de 12 meses até março. É o maior nível desde outubro de 2003 (13,98%). Nessa base de comparação, a alta havia sido de 10,54% até fevereiro.

O IPCA está em dois dígitos no acumulado de 12 meses desde setembro do ano passado. Assim, encontra-se distante da meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central). Neste ano, o centro da medida de referência é de 3,50%. O teto é de 5%.

Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o resultado mostra mais uma vez a ineficiência do governo Bolsonaro. “A maior inflação para março nos últimos 28 anos. O feijão está caro, o leite está caro, a carne está cara, a gasolina está cara, o gás de cozinha está caro, tudo está caro. O governo Bolsonaro, ruim desde a sua concepção, segue batendo seus próprios recordes de mediocridade”, afirmou.

“É a maior inflação desde antes do Plano Real. No acumulado de 12 meses, a inflação bateu em surreais 11,30%. Bolsonaro e Guedes arruinaram o país e estão matando o povo de fome”, criticou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

Em uma tentativa de frear a inflação, o Banco Central vem subindo a taxa básica de juros. Em março, a Selic alcançou 11,75% ao ano. O mercado vê espaço para uma taxa ainda mais alta.

A inflação persistente pressiona o presidente Jair Bolsonaro (PL), que deve tentar a reeleição neste ano e teme os impactos da perda do poder de compra do eleitorado.

 

Da Redação, com agências

 

(PL)