A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quarta-feira (11/3) que já há uma pandemia provocada pelo novo coronavírus. Já faleceram 4.291 pacientes dos 110 mil infectados em 114 países desde o final de dezembro de 2019.

“Consideramos que o COVID-19 pode ser caracterizado como uma pandemia”, informou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante entrevista coletiva, em Genebra, na Suíça, onde pormenorizou os números e reiterou que a elevação do status da doença não deve ser vista de forma equivocada ou que possa “causar pânico”.

“Descrever a situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS da ameaça representada por este coronavírus e não muda o que a organização está fazendo e nem o que os países devem fazer”, declarou o diretor-geral. “Tocamos o alarme alto e claro”, frisou Tedros, para que os governos tomem ações “urgentes e agressivas” e invistam o que for necessário na luta contra o vírus.

Conforme relatou, a OMS detectou que a doença está se espalhando rapidamente entre os seres humanos em inúmeros países, surgindo surtos localizados em diversas regiões ao mesmo tempo.

Na América Latina, Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Honduras, Panamá, Paraguai e Peru já confirmaram casos. De acordo com os ministérios de Saúde locais, até o momento o número de incidências está em 141, em uma região de 626 milhões de habitantes, o que equivale a pouco mais de 0,1% dos cerca de 113.700 casos contabilizados pela OMS até o momento.

Segundo informações disponíveis até o começo da tarde desta quarta, nosso país teve o primeiro caso confirmado no dia 26 de fevereiro e possui até o momento 37 casos diagnosticados, sem nenhuma morte registrada. Com 19 pacientes infectados, São Paulo é o Estado com maior número, seguido de Rio de Janeiro (10), Bahia (2), Rio Grande do Sul (2), Minas Gerais (1), Espírito Santo (1), Distrito Federal (1) e Alagoas (1).