Incêndios quadruplicam na Amazônia com Bolsonaro, diz agência espacial
A Agência Espacial Europeia alerta que, sob o governo Jair Bolsonaro (PSL), os incêndios na região da Amazônia quadruplicaram. Os dados se referem aos incidentes de janeiro a agosto de 2019, comparados aos dados do mesmo período de 2018.
“Dados de satélite mostram que há quase quatro vezes mais incêndios este ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Além do Brasil, partes do Peru, Bolívia, Paraguai e Argentina também foram afetadas”, disse a entidade, num comunicado emitido nesta terça-feira (27).
Para a agência, não se pode explicar a crise apenas por conta de fenômenos naturais. “Enquanto os incêndios florestais normalmente ocorrem na estação seca do Brasil – que vai de julho a outubro –, o aumento sem precedentes é relatado como proveniente de desmatamento legal e ilegal, que permite que a terra seja usada para fins agrícolas, o aumento da temperatura global também é pensado para tornar a região mais suscetível ao fogo”, indica.
Utilizando os dados do Copernicus Sentinel-3, como parte do Atlas Mundial de Incêndios Sentinel-3, a agência europeia indica que foram detectados quase 4 mil incêndios entre 1º de agosto e 24 de agosto de 2019. No mesmo período de 2018, esse número foi de apenas 1.110 incêndios.
“Ao processar 249 imagens para agosto de 2018 e 275 imagens para agosto de 2019, somos capazes de ver o incrível número de incêndios queimando na Amazônia. Isto foi conseguido através do algoritmo noturno World Fire Atlas, a fim de evitar possíveis falsos alarmes com o algoritmo diurno”, diz Olivier Arino, da Agência Espacial. “Os incêndios ainda liberaram 228 megatoneladas de dióxido de carbono na atmosfera, além de grandes quantidades de monóxido de carbono.”
Os dados estão sendo publicados um dia depois da conclusão dos trabalhos do G7, em que um plano de US$ 20 milhões foi anunciado para ajudar a região a lutar contra o fogo. O governo brasileiro, porém, indicou que não vai aceitar a oferta.
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Da redação, com informações
Edição: André Cintra