*ARQUIVO* SÃO PAULO, SP, 10.07.2019: Fachada de agência do INSS na zona sul de São Paulo. (Foto: Bruno Rocha/Fotoarena/Folhapress) ORG XMIT: 1760396

Com o desemprego batendo recordes no país, o total de pessoas contribuindo para a Previdência atingiu a menor nível da série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que teve início em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, no trimestre encerrado em agosto, o total de pessoas contribuindo para a Previdência caiu para 53.342 milhões.

A queda no emprego formal, que chegou a 14,4% no trimestre encerrado em agosto tem reflexo imediato na contribuição previdenciária.

São 13,8 milhões de desempregados e, apenas em um trimestre, 3.014 milhões de pessoas deixaram de contribuir com a Previdência, segundo o IBGE.

Se os dados dos últimos dois trimestres forem somados, ou seja, o patamar de fevereiro deste ano, na pré pandemia, são 5.630 milhões de contribuintes a menos.

“A perda na ocupação é realmente muito expressiva, ela marca a série histórica da pesquisa”, afirmou Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Segundo Adriana, o que vemos é “uma população ocupada diminuindo, e isso aí está ligado com o processo de dispensa. Todas as atividades, com exceção da agricultura, estão em processo de dispensa”, afirmou.

Ela afirma que esse índice de desemprego seria ainda maior “caso a população inativa, também recorde, decidisse procurar trabalho”.

“Pode estar havendo um desestímulo por essa procura por trabalho já pelos efeitos econômicos da pandemia, e não pela ameaça de contágio”, apontou Adriana.