O ministro da Economia, Paulo Guedes. fala à imprensa no Palácio do Planalto

O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi condenado pela Justiça Federal a pagar uma multa de R$ 50 mil por chamar os servidores públicos de “parasitas, assaltantes e preguiçosos”.

A agressão verbal ocorreu em fevereiro de 2020, em uma palestra de Guedes na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, quando o ministro defendeu cortes nos serviços públicos, e que os funcionários não deveriam ter reajustes salariais.

“O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático”, afirmou o ministro na época. Dizendo ainda que os servidores “não assaltem o Brasil, quando o gigante está de joelhos e eles em casa com geladeira cheia”.

A sentença acatou a uma ação movida pelo Sindicato dos Policiais Federais do Estado da Bahia (Sindipol-BA).

Segundo a juíza que proferiu a sentença, Cláudia da Costa Tourinho Scarpa, da 4ª Vara Federal da Bahia, o ministro “atacou – despropositadamente – a categoria dos servidores públicos” e suas manifestações “excederam os limites estabelecidos pelos bons costumes, pois não se espera que um Ministro de Estado ofenda os próprios agentes estatais”.

“Tais pronunciamentos violaram a honra e a imagem dos servidores públicos, que – por meio de eufemismos – foram rotulados de parasitas, assaltantes e preguiçosos”, afirmou a juíza.

O presidente do Sindipol-BA, José Mário Lima, informou que o dinheiro pago pelo ministro será doado ao Hospital Santo Antônio, que pertence às Obras Sociais Irmã Dulce, e ao Hospital Aristides Maltez, que são organizações sem fins lucrativos de Salvador e que estão à frente no combate à epidemia da Covid-19 no estado.