O grupo Muda Senado, que conta com mais de 20 parlamentares, rejeita o candidato de Davi Alcolumbre (DEM-AP), Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para presidência do Senado e defende que a Casa se mantenha independente do governo Bolsonaro.

“O que a gente tem é a convicção de que é preciso garantir a independência do Congresso. Não dá para ter alguém absolutamente atrelado ao Executivo, que deixe passar pautas contra o meio ambiente e essas maluquices de costumes”, afirmou o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), integrante do grupo.

Ouvidos pelo Estadão, os membros do Muda Senado disseram que o nome mais forte para disputar contra o grupo de Alcolumbre é Simone Tebet (MDB-MS).

O MDB, que é o partido com mais representantes no Senado Federal, já decidiu que lançará candidato próprio para a Presidência da Casa.

Os senadores acreditam que a candidatura apoiada por Alcolumbre está enfraquecida depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela inconstitucionalidade de sua reeleição, que era seu plano A, e da derrota de seu irmão, Josiel Alcolumbre (DEM), na eleição pela Prefeitura de Macapá (AP).

Josiel também recebeu o apoio de Bolsonaro durante a eleição e foi derrotado no segundo turno por Dr. Furlan (Cidadania), por 55,7% contra 44,3%.

Em um vídeo, Jair Bolsonaro pediu voto para Josiel e disse que ele é “um prefeito perfeitamente afinado com o presidente da República”.

“Ao longo desses dois anos, eu tive contato direto com o senador Davi Alcolumbre, presidente do Senado. Em todos os momentos que o governo precisou do Senado, o Davi nos socorreu. Ele foi um grande parceiro nessa relação”, continuou.

O Muda Senado é composto por senadores do Cidadania, Rede, PSD, PSDB, Podemos, PSL, PSB e PP.

São eles: Alessandro Vieira (Cidadania-), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Alvaro Dias (Podemos-PR), Major Olímpio (PSL-SP), Eduardo Girão (Podemos-CE), Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Flávio Arns (Podemos-PR), Lasier Martins (Podemos-RS), Mara Gabrilli (PSDB-SP), Reguffe (Podemos-DF), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Esperidião Amin- (Progressistas-SC) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).