Reunida nesta segunda-feira (3), pela primeira vez desde a homologação pelo TSE da incorporação do PPL, a Comissão Política Nacional do PCdoB aprovou resolução em que destaca a greve-geral de 14 de junho como “acontecimento da máxima importância” que tende a se transformar numa “data de protestos do conjunto do povo”.

Tendo como bandeira central a defesa da aposentadoria ameaçada pela reforma previdenciária, a mobilização também combate o crescente desemprego e o corte de verbas na educação.

Para os comunistas, dia 14 de junho se soma ao ciclo de mobilizações iniciado em defesa dos direitos do povo ameaçados pelo governo de Jair Bolsonaro e que fez emergir a “a força poderosa da mobilização popular” como fator novo do cenário político do país. Deste modo, é necessário o empenho e mobilização de todas a forças para assegurar uma grande vitória da greve geral.

Leia a íntegra do documento:

Greve geral em defesa da aposentadoria, do emprego e da Educação

Os protestos do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, em 22 de março, os atos unitários do Dia dos Trabalhadores e as vitoriosas manifestações defendendo a Educação nos dias 15 e 30 de maio se somam à greve geral programada para 14 de junho, num ciclo de crescentes mobilizações do povo na luta por seus direitos. Com eles, emergiu um fator novo no cenário político brasileiro: a força poderosa da mobilização popular.

Esses eventos encadeados desembocam agora na greve geral, uma jornada de imensa importância nessa conjuntura em que a agenda do governo Bolsonaro ataca a democracia, avilta a soberania nacional e corta direitos trabalhistas, sociais, culturais e econômicos do povo.

A unidade de dez centrais na condução dessa greve é um fato auspicioso, pois a união da classe trabalhadora é a condição primordial ao enfrentamento dessa ofensiva contra seus direitos. Mas a realidade de um país em crise intermitente, sem perspectiva de melhora em decorrência do desastre que tem sido o governo Bolsonaro, tende a transformar o 14 de junho numa data de protestos do conjunto do povo.

O ponto central da greve é o combate ao projeto de “reforma” da Previdência Social, do governo Bolsonaro, que tem por objetivo dificultar ou acabar com a aposentadoria, aumentando a idade para homens e mulheres, além de diminuir e congelar o valor dos benefícios. A propaganda do governo diz que a aposentadoria digna é a causa dos males do Brasil. Mentira! Na verdade, querem meter a mão no bolso do povo. Pretendem transferir um trilhão de reais dos trabalhadores para os banqueiros.

A juventude terá de aderir ao famigerado regime de capitalização resultante da privatização da Previdência. Se aprovada, será a troca do sistema seguro de contribuição solidária pela ganância dos bancos, no qual a aposentadoria será uma miséria e sem garantia.

Bolsonaro assumiu a Presidência da República prometendo uma economia com crescimento vertiginoso, e o que se vê é um país à beira de mais uma recessão, sem perspectiva e com o pesado fardo do desemprego em massa, que atinge mais de 13 milhões de trabalhadores. Em lugar de medidas efetivas para enfrentar o problema, o governo investe na agenda ultraliberal e neocolonial – fato que agrava a paralisia, a desnacionalização e a desindustrialização da economia do país.

A greve geral levanta a bandeira da retomada do crescimento, da geração de empregos. Sem uma ação do Estado que resulte em investimentos públicos e privados, sem seu papel de coordenação e indução do processo de desenvolvimento, com princípios soberanos e desvencilhado das amarras financeiras, não se pode falar em industrialização, crescimento, geração e distribuição de renda.

Mas, pelas circunstâncias já assinaladas, o 14 de junho tem o potencial de ser o desaguadouro da agenda de lutas de todo o povo.

Entre elas, se realçam a defesa da Educação e a oposição aos cortes e contingenciamentos feitos pelo governo Bolsonaro. Um país com as características do Brasil precisa de um forte sistema de ensino, liderado pela Educação pública e gratuita de qualidade. Além de um direito, a Educação é parte destacada de um projeto de nação. É condição indispensável para que o país usufrua da capacidade criadora dos múltiplos talentos de seu povo. São também alvos de cortes de verbas a saúde, a moradia popular, o transporte, a cultura e outras áreas vitais para o bem-estar social.

A greve de 14 de junho se realizará no contexto de crescimento do autoritarismo. O governo sabe que a luta e a mobilização popular são grandes obstáculos à realização de sua agenda regressiva. Os ataques ao regime democrático, de um lado, e a ofensiva para impor a mordaça nas universidades e escolas, e atos para cercear o direito de manifestação e contra a organização sindical, de outro, são as duas faces da mesma moeda. Neste cenário impõe-se reforçar a defesa da democracia que, entre outras tarefas, demanda firme oposição ao abuso de autoridade. Sem a garantia das liberdades, as jornadas dos trabalhadores ficam expostas às ameaças autoritárias e repressivas.

A greve se gesta, também, quando cresce o rechaço ao entreguismo desbragado e à danosa política externa do governo Bolsonaro. É uma agenda de crime de lesa-pátria que debilita a soberania nacional e põe em risco o patrimônio do país, em especial as empresas estatais estratégicas, como a Petrobras e os bancos públicos.

A greve geral, por tudo isso, se apresenta como um acontecimento da máxima importância. Ela será protagonizada pelas centrais sindicais, por outros movimentos sociais e terá, com certeza, o respaldo e o impulso de um leque amplo das forças democráticas e progressistas.

Os comunistas, com essa compreensão, devem reforçar o empenho e o engajamento, mobilizando todas as forças para contribuir com a vitória da grande jornada de 14 de junho.

Em defesa da aposentadoria, da previdência pública!
Pela retomada do crescimento e geração de empregos!
Em defesa da Educação pública e gratuita!
Em defesa da democracia, da soberania nacional e dos direitos!

São Paulo, 3 de junho de 2019
Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil-PCdoB

Os protestos do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, em 22 de março, os atos unitários do Dia dos Trabalhadores e as vitoriosas manifestações defendendo a Educação nos dias 15 e 30 de maio se somam à greve geral programada para 14 de junho, num ciclo de crescentes mobilizações do povo na luta por seus direitos. Com eles, emergiu um fator novo no cenário político brasileiro: a força poderosa da mobilização popular.

Esses eventos encadeados desembocam agora na greve geral, uma jornada de imensa importância nessa conjuntura em que a agenda do governo Bolsonaro ataca a democracia, avilta a soberania nacional e corta direitos trabalhistas, sociais, culturais e econômicos do povo.

A unidade de dez centrais na condução dessa greve é um fato auspicioso, pois a união da classe trabalhadora é a condição primordial ao enfrentamento dessa ofensiva contra seus direitos. Mas a realidade de um país em crise intermitente, sem perspectiva de melhora em decorrência do desastre que tem sido o governo Bolsonaro, tende a transformar o 14 de junho numa data de protestos do conjunto do povo.

O ponto central da greve é o combate ao projeto de “reforma” da Previdência Social, do governo Bolsonaro, que tem por objetivo dificultar ou acabar com a aposentadoria, aumentando a idade para homens e mulheres, além de diminuir e congelar o valor dos benefícios. A propaganda do governo diz que a aposentadoria digna é a causa dos males do Brasil. Mentira! Na verdade, querem meter a mão no bolso do povo. Pretendem transferir um trilhão de reais dos trabalhadores para os banqueiros.

A juventude terá de aderir ao famigerado regime de capitalização resultante da privatização da Previdência. Se aprovada, será a troca do sistema seguro de contribuição solidária pela ganância dos bancos, no qual a aposentadoria será uma miséria e sem garantia.

Bolsonaro assumiu a Presidência da República prometendo uma economia com crescimento vertiginoso, e o que se vê é um país à beira de mais uma recessão, sem perspectiva e com o pesado fardo do desemprego em massa, que atinge mais de 13 milhões de trabalhadores. Em lugar de medidas efetivas para enfrentar o problema, o governo investe na agenda ultraliberal e neocolonial – fato que agrava a paralisia, a desnacionalização e a desindustrialização da economia do país.

A greve geral levanta a bandeira da retomada do crescimento, da geração de empregos. Sem uma ação do Estado que resulte em investimentos públicos e privados, sem seu papel de coordenação e indução do processo de desenvolvimento, com princípios soberanos e desvencilhado das amarras financeiras, não se pode falar em industrialização, crescimento, geração e distribuição de renda.

Mas, pelas circunstâncias já assinaladas, o 14 de junho tem o potencial de ser o desaguadouro da agenda de lutas de todo o povo.

Entre elas, se realçam a defesa da Educação e a oposição aos cortes e contingenciamentos feitos pelo governo Bolsonaro. Um país com as características do Brasil precisa de um forte sistema de ensino, liderado pela Educação pública e gratuita de qualidade. Além de um direito, a Educação é parte destacada de um projeto de nação. É condição indispensável para que o país usufrua da capacidade criadora dos múltiplos talentos de seu povo. São também alvos de cortes de verbas a saúde, a moradia popular, o transporte, a cultura e outras áreas vitais para o bem-estar social.

A greve de 14 de junho se realizará no contexto de crescimento do autoritarismo. O governo sabe que a luta e a mobilização popular são grandes obstáculos à realização de sua agenda regressiva. Os ataques ao regime democrático, de um lado, e a ofensiva para impor a mordaça nas universidades e escolas, e atos para cercear o direito de manifestação e contra a organização sindical, de outro, são as duas faces da mesma moeda. Neste cenário impõe-se reforçar a defesa da democracia que, entre outras tarefas, demanda firme oposição ao abuso de autoridade. Sem a garantia das liberdades, as jornadas dos trabalhadores ficam expostas às ameaças autoritárias e repressivas.

A greve se gesta, também, quando cresce o rechaço ao entreguismo desbragado e à danosa política externa do governo Bolsonaro. É uma agenda de crime de lesa-pátria que debilita a soberania nacional e põe em risco o patrimônio do país, em especial as empresas estatais estratégicas, como a Petrobras e os bancos públicos.

A greve geral, por tudo isso, se apresenta como um acontecimento da máxima importância. Ela será protagonizada pelas centrais sindicais, por outros movimentos sociais e terá, com certeza, o respaldo e o impulso de um leque amplo das forças democráticas e progressistas.

Os comunistas, com essa compreensão, devem reforçar o empenho e o engajamento, mobilizando todas as forças para contribuir com a vitória da grande jornada de 14 de junho.

Em defesa da aposentadoria, da previdência pública!
Pela retomada do crescimento e geração de empregos!
Em defesa da Educação pública e gratuita!
Em defesa da democracia, da soberania nacional e dos direitos!

São Paulo, 3 de junho de 2019
Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil-PCdoB