Presidente jair Bolsonaro na porta do Palácio da Alvorada conversando com o público e jornalistas, cerdado de segurançasFoto: Sérgio Lima/PODER 360

Jair Bolsonaro tentou intimidar a pequena Greta Thunberg, ambientalista sueca de apenas 16 anos, chamando-a de “pirralha” ao responder às perguntas sobre o assassinato de dois indígenas no Maranhão.
“A Greta já falou que os índios morreram porque estavam defendendo a Amazônia. É impressionante a imprensa dar espaço para uma pirralha dessa aí, pirralha”, vociferou ele.
Ele já tinha tentado culpar as ONGs pelas queimadas na Amazônia, tinha afirmado que o ator Leonardo DiCaprio estava financiando grupos de desmatadores e, para arrematar as insanidades, inventou que o óleo derramado nas costas do Brasil era obra do Greenpeace.
Agora escolhe a pequena Greta para descarregar sua valentia. Enquanto isso, seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, se reunia com cinco infratores ambientais, no dia 6 de novembro, e o resultado da reunião era a suspensão da fiscalização dentro da Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes.
A menina, que tem enfrentado desmatadores como Bolsonaro e denunciado todos eles, inclusive na ONU (Organização das Nações Unidas), não se fez de rogada. Greta Thunberg deu uma resposta sarcástica á provocação de Bolsonaro.
Ela alterou a descrição de seu perfil no Twitter para “pirralha”. Rapidamente, o termo “pirralha” foi parar no topo dos assuntos mais lidos do Twitter, tornando-se um dos assuntos mais comentados em todo o mundo.
A deputada federal Margarida Salomão (PT-MG) classificou bem o que representa esse comportamento agressivo de Bolsonaro contra a menininha que defende o meio ambiente. “Fala grosso com uma adolescente mulher. Fala fino com o presidente dos EUA. Não se trata apenas um sujeito asqueroso. É um asqueroso covarde”, disse ela.