Maratona da Paz nas ruas de Atenas exigiu fechamento das bases da Otan (PAME)

Gregos tomaram as ruas de Atenas para participar da 40ª Maratona da Paz. Na maratona deste ano foram denunciadas as agressões imperialistas dos Estados Unidos e da Otan ao redor do mundo. Os participantes exigiram a retirada de suas bases militares da Grécia.

“Nenhuma participação na guerra imperialista! Fechem todas as bases EUA-Otan agora! Nenhum soldado ou oficial grego em missões no exterior!”, clamou o movimento.

O soldado da aeronáutica da Grécia, Nikos Karagoudakis, disse que o povo está “sofrendo com a inflação das necessidades básicas, os aumentos nas contas de luz e os preços dos combustíveis, que estão nos esmagando a nós e nossas famílias”, mas “ao mesmo tempo, todos os dias vemos novas informações surgindo sobre o envolvimento imediato das forças armadas gregas na guerra, ao lado da máquina de matar dos EUA, da Otan e da União Europeia”.

Karagoudakis afirmou que “os soldados gregos têm valores e ideais” e juraram defender a pátria, o povo, a independência e a integridade territorial da Grécia.

“Nós não estamos no exército para dar atenção aos assassinos dos povos, os americanos e os membros da Otan, que estão passeando dentro dos acampamentos do Exército grego livremente”.

“Nós, soldados gregos, não devemos nos tornar matadores de outros povos, nem derramar nosso próprio sangue fora da Grécia, pelos interesses daqueles que nos esmagam e às nossas famílias. É inaceitável que um soldado dê a vida por tais missões”, continuou.

O presidente do Comitê Grego pela Paz e deputado no Parlamento Helênico, Stavros Tassos, discursou na manifestação e defendeu que “todas as bases EUA-Otan sejam fechadas agora, que qualquer missão de forças militares e munições no exterior seja interrompida. Nenhum soldado, suboficial ou oficial deve ser enviado para as missões imperialistas”.

Zelensky já colocou nazista para discursar na Grécia

Durante tour virtual que fez nos parlamentos de países europeus para pedir mais armas para a guerra, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em um gesto acintoso colocou um soldado nazista do Batalhão Azov para discursar para os parlamentares gregos.

No dia 7 de abril, Zelensky interrompeu seu pronunciamento para o Parlamento da Grécia para dar espaço para dois membros do Batalhão Azov fazerem apelos. O Batalhão Azov é uma milícia armada de ideologia nazista, expressa em seus crimes e em seus símbolos.

Os partidos da oposição ao governo grego rechaçaram a presença dos nazistas no Parlamento, chamando o caso de “vergonha histórica”. O governo grego teve de admitir que o acinte foi “incorreto e inapropriado”.