Atenas vive dia de paralisação e manifestações contra a carestia

Em extensão das atividades pelo Dia do Trabalhador, os sindicatos gregos convocaram uma greve nacional de 24 horas nesta segunda-feira (02) que mantém os serviços públicos e os transportes marítimos, ferroviários e urbanos paralisados.

Durante as manifestações no domingo, milhares de pessoas se concentraram em Atenas para exigir aumento dos salários e que o governo adote mais medidas em defesa do poder de compra dos trabalhadores diante do impacto da inflação.

Durante a greve, o transporte público de Atenas, os supermercados e lojas estão parcialmente fechados como em um feriado.

De acordo com o Serviço Estatístico Europeu (Eurostat), a inflação na Grécia atingiu 9,4% em abril, superior à média europeia de 7,5%, e um mês antes, em março, os preços da energia elétrica atingiram 79,3% em um ano.

Pressionado pelos sindicatos e entidades sociais para fazer frente à carestia, o governo concedeu uma ajuda social no valor de 4,2 bilhões de dólares (cerca de 21 bilhões de reais) e este domingo entrou em vigor o aumento do salário mínimo mensal em 50 euros, passando agora a 750 dólares (3.790 reais).

Mas os sindicatos e a oposição consideram as medidas insuficientes pelo crescimento descontrolado dos preços em geral e pedem um salário mínimo de 870 dólares por mês (cerca de 4.400 reais).

A Federação Pan-helênica de Marítimos confirmou que os navios e balsas permaneceram atracados nos portos, enquanto a Federação Nacional dos Trabalhadores Ferroviários informou que o serviço de transporte ferroviário também foi afetado.

A atividade turística – setor muito importante na economia do país – quase parou. Nas últimas horas, as empresas de viagens tiveram que cancelar seus roteiros e comunicar alternativas aos viajantes para aproveitarem as programações contratadas em outro momento.