A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou
através de comunicado publicado na mídia estadunidense, na sexta-feira (3 de janeiro), a
confirmação de seu intento de vender, numa megaoferta, sua carteira de ações da Petrobrás.
O plano é a oferta das ações ordinárias (ON) em uma ação simultânea de venda nas bolsas de
Nova York e São Paulo. Essas ações são aquelas que dão direito a voto aos seus detentores,
avaliadas pela cotação de bolsa na sexta-feira em R$ 23,5 bilhões.
O banco também possui outros R$ 32,4 bilhões em ações preferenciais (PN), sem direito a
voto, mas com preferência para receber dividendos, cuja venda também será feita num outro
momento. A autorização do Conselho de Administração do BNDES para as vendas das PNs vale
por seis meses.
Foram convidados para organizarem o “banquete”, como instituições intermediárias na venda
de até a totalidade das ações ordinárias de emissão da Petrobras de sua titularidade, por meio
de uma oferta pública de distribuição secundária de ações, os seguintes operadores: o Banco
de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A., o Bank of America Merrill Lynch Banco Múltiplo
S.A., o Banco Bradesco BBI S.A., o BB-Banco de Investimento S.A., o Citigroup Global Markets
Brasil, Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários S.A, o Goldman Sachs do Brasil Banco
Múltiplo S.A., o Banco Morgan Stanley S.A. e a XP Investimentos Corretora de Câmbio, Títulos
e Valores Mobiliários S.A.
O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, indicado pelo ministro Paulo Guedes da
Economia, foi para a direção do banco com a determinação de queimar a carteira de
participações acionárias, hoje avaliada em R$ 120 bilhões. A mais valiosa de todas: as da
Petrobrás.
O resultado dessa liquidação geral não será revertido para o banco financiar novos
investimento para a indústria e outras empresas. O dinheiro recebido por essas vendas será,
no total, destinado a pagar juros para os bancos e ficar esterilizados em transações tenebrosas
como as compromissadas.