Governo usa verbas do Fundo Nacional de Segurança de forma eleitoreira
O governo federal decidiu fazer alterações nos critérios de partilha do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), que reduzirão as verbas transferidas a 14 estados em 2021 em relação ao primeiro ano da gestão de Jair Bolsonaro.
São Paulo, o Estado mais populoso do país, será o maior prejudicado. Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Roraima também estão entre os que tiveram percentuais de participação reduzidos com a nova metodologia do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ao mesmo tempo, Santa Catarina, Paraíba, Tocantins, Acre e Maranhão aparecem como os mais beneficiados.
A lista completa de quem ganha com a fórmula do governo tem, em sua maioria, Estados do Norte e Nordeste, onde Bolsonaro busca ampliar apoio visando a reeleição.
São Paulo, por exemplo, Estado governado por João Dória, potencial adversário de Bolsonaro nas eleições de 2022, terá o orçamento destinado pelo fundo reduzido dos 6,66% que recebeu em 2019 para 4,31% do total do FNSP em 2021.
O FNSP, que tem sua arrecadação vinculada às loterias da Caixa Econômica, destina recursos para ações na segurança pública e prevenção à violência, como na área de equipamentos, viaturas e capacitação dos agentes de segurança.