A antecipação do pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial, que havia sido
anunciada pelo governo, não vai mais acontecer, segundo informou o Ministério da Cidadania
na noite de quarta-feira (22).
Em nota, o ministério informou que recebeu uma recomendação da Controladoria Geral da
União (CGU) para que a antecipação do recurso fosse cancelada.

Segundo o Ministério, o impedimento se deve a fatores legais e orçamentários. A CGU alertou
ao ministério que devido ao alto número de beneficiários que ainda estão em análise, há
impedimento legal de fazer a antecipação do recurso.
A antecipação do pagamento da segunda parcela foi anunciada em coletiva de imprensa pela
Caixa Econômica, na segunda-feira (20), talvez como uma maneira de distrair a atenção sobre
as dificuldades e incompetência do governo na liberação do recurso aos milhões de cidadãos
que ainda nem conseguiram se cadastrar ou resolver suas pendências com o CPF, ou sequer
receberam a primeira parcela.
É muito difícil imaginar que o Ministério da Economia não soubesse ou não teria sido
informado antes que, para antecipar o pagamento, teria que fazer uma “previsão para uma
suplementação orçamentaria o mais rápido possível”, como foi pedido agora pela CGU .
Conforme explicou, agora, o Ministério da Cidadania, devido ao alto número de informais
cadastrados, o recurso disponível para cada uma das três parcelas é de R$ 32,7 bilhões, já
foram transferidos R$ 31,3 bilhões, e ainda serão avaliados cerca de 12 milhões de cadastros
para a primeira parcela.
Portanto, em função do esclarecimento e pedido da CGU, só agora foi solicitado ao Ministério
da Economia a previsão para uma suplementação orçamentária o mais rápido possível.