Diante da quarentena obrigatória em vigência para todos os argentinos com o objetivo de frear o avanço do coronavírus, o presidente Alberto Fernández informou que os cortes por falta de pagamento dos serviços de luz, água e gás ficam suspensos por três meses. A medida foi implantada através de um Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) publicado no Boletim Oficial e entrou em vigência na segunda-feira, 23.

Estes serviços são considerados essenciais e as empresas estão proibidas de fazer cortes durante estes dias de emergência. “Se a gente diz às famílias que fiquem nas suas casas, temos que garantir os serviços públicos. As tarifas não têm sido acessíveis, nem justas, nem razoáveis como deveriam ter sido. No governo anterior, de Mauricio Macri, fomos vítimas de um terrível ‘tarifaço’ na República Argentina e ainda não deu tempo de corrigir esses problemas”, afirmou a senadora do partido peronista Frente Para a Vitória, María de los Ángeles Sacnun,  que propôs a medida. Alberto Fernández e sua vice, Cristina Kirchner, assumiram o governo em 10 de dezembro passado.

Após o anúncio do isolamento social preventivo e obrigatório também ficaram proibidos os despejos de moradias familiares e foram liberados os pedágios da Cidade de Buenos Aires e principais acessos, para facilitar a movimentação dos produtos e serviços essenciais.

O isolamento social preventivo e obrigatório começou a valer desde a sexta-feira, 20 de março, e acontecerá até o dia 31 do mesmo mês. Nesse período, os cidadãos poderão sair unicamente para comprar alimentos, medicamentos e tirar dinheiro em caixas eletrônicos. São isentos das medidas todos aqueles profissionais da produção, saúde, mídia e outros serviços considerados “essenciais”.