No plenário da CPI nenhum senador da base do governo apareceu no depoimento

A reunião desta segunda-feira (18) da CPI da Covid-19 no Senado foi a mais emocionante desses quase sete meses de trabalhos do colegiado. Estavam lá parentes de vítimas da pandemia. Com falas emocionadas deram um nó na garganta de quem assistiu aos depoimentos.

Cada um dos sete que falaram à comissão contou uma história, sem cortes ou edições, do que passaram e passam em razão dos efeitos do vírus que devastou as respectivas famílias. Não foi fácil acompanhar para reportar.

Mas os relatos pungentes dos parentes das vítimas não foram ouvidos pelos senadores que defendem o governo na CPI. Não estavam lá, porque fugiram da reunião, os senadores Marcos Rogério (DEM-RO), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Jorginho Mello (PL-SC), Eduardo Girão (Podemos-CE), Marcos do Val (Podemos-ES) e Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).

Apesar de terem fugido, certamente eles ouviram os relatos. O Brasil ouviu. E cobra da CPI e das demais autoridades soluções para os graves e severos problemas deixados pela pandemia na economia, na área sanitária e na vida dos parentes das vítimas, que precisam mais que ajuda financeira.

A dívida social que a inação do governo, sob a liderança do presidente Jair Bolsonaro, vai deixar é incomensurável.