Foto: Divulgação

A General Motors (GM) de São José dos Campos (SP) anunciou que vai abrir um plano de demissão voluntária entre trabalhadores horistas e mensalistas. A empresa não revelou a meta de redução que pretende no quadro de funcionários.
Além disso, a empresa vai promover uma reestruturação no complexo industrial, no intuito de reduzir a fábrica de motores. Mais de 200 trabalhadores serão realocados em outros setores da planta.
Em agosto, a empresa também abriu um plano de demissão voluntária na unidade de São Caetano do Sul (SP).
O anúncio é completamente contraditório com o compromisso assumido pela multinacional com o governador de São Paulo, João Dória, em março deste ano, após aderir ao plano de incentivos oferecido pelo governo, que deu às montadoras desconto de até 25% no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Na ocasião, para ser beneficiada, a empresa se comprometeu a investir e gerar empregos exatamente nas plantas de São José dos Campos e São Caetano do Sul. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, depois de várias reuniões, a empresa garantiu que não fechará a unidade de São José dos Campos e que não haverá demissões em massa. O sindicato reivindicou que essa garantia fosse colocada em um acordo, assinado pela empresa, mas ela se negou.
“Queremos preservar os empregos, mas a GM disse que não pode colocar essa garantia no papel”, disse Renato Almeida, vice-presidente do sindicato.
Na quarta-feira, o sindicato fez assembleias com os trabalhadores do primeiro e segundo turnos. “Estamos em estado permanente de mobilização”, disse o sindicalista.
“Há um remanejamento de mão de obra em curso dentro do complexo para adequar às necessidades entre as diversas unidades de produção”, informou a montadora, em nota.